Trabalhadores terceirizados do Edisp fazem greve contra calotes na Petrobrás

Nesta terça, Cerca de 300 trabalhadores fizeram uma passeata pela Av. Paulista até a sede da empresa, onde houve protestos e manifestações.





Imprensa da FUP

Nesta terça-feira, 20, os trabalhadores terceirizados da Worktime, empresa que presta serviços para a Petrobrás no Edifício Sede de São Paulo (Edisp), deram continuidade a greve iniciada ontem, para pressionar a empresa a cumprir com a legislação trabalhista e pagar corretamente a rescisão contratual.

Cerca de 300 trabalhadores fizeram uma passeata pela Av. Paulista até a sede da empresa, onde houve protestos e manifestações. O contrato da Worktime com a Petrobrás será encerrado no próximo dia 25 e, por isso, os trabalhadores estão sendo obrigados a pedir demissão, abrindo mão de 40% do FGTS, entre outros direitos, para que outra empresa prestadora de serviços inicie novo contrato com a estatal. Há três anos, os trabalhadores terceirizados do Edisp, sofreram a mesma situação com a empresa Orbral, cujo contrato com a Petrobrás foi finalizado, mas as verbas rescisórias não foram pagas.

A greve prossegue até o fim desta terça-feira e, amanhã, os trabalhadores participarão de assembléia para avaliar negociação realizada pelo Sindipetro Unificado de São Paulo com a Worktime.

Desde o fechamento do atual acordo, a FUP e seus sindicatos vêm cobrando que a Petrobrás cumpra o compromisso assumido com a categoria, de buscar um mecanismo que impeça os calores das empresas prestadoras de serviços.

Campanha reivindicatória

Nesta segunda-feira, 19, o Sindipetro Unificado de São Paulo promoveu, em conjunto com as reivindicações dos funcionários da Worktime, um ato pela VIDA, por mais segurança na Petrobrás. Na madrugada do domingo para a segunda-feira, outro trabalhador perdeu a vida no sistema Petrobrás. Rosynaldo Marques, oficial de náutica da Transpetro, morreu durante incêndio no navio Diva, que se encontrava no Rio de Janeiro. Este é o segundo acidente fatal em setembro, o 15º no ano e o de número 309 desde 1995.

Esses números alarmantes só reforçam a convicção de que a questão da segurança é um temas centrais da campanha reivindicatória. Nesta quarta, 21, a FUP realiza um ato nacional, no Rio de Janeiro, pela vida e pelas principais bandeiras da campanha reivindicatória.