Sindipetro-BA
Cerca de 3500 trabalhadores terceirizados e diretos da Petrobrás, que atuam na Rlam, resolveram cruzar os braços na manhã de quarta (19). Eles aderiram ao Ato Nacional em Defesa dos Trabalhadores do Setor Privado, convocado pela CUT e FUP. Os trabalhadores permaneceram em assembleia, no Trevo da Resistência, até às 10h30, quando retornaram às suas residências. Na Rlam não houve trabalho no administrativo e nem troca de turno.
Na Fafen, a paralisação iniciada na terça (18) continua nesta quinta (20). Não há solução para o impasse, somente quando todos os pagamentos forem realizados. A unidade está totalmente parada.
Os petroleiros estão solidários aos terceirizados que não recebem salários há pelo menos dois meses. Após ação do Sinditicc e Sindipetro, com mobilizações e diversas atividades, a empresa Tenace apresentou a ordem de pagamento, comprovando os depósitos dos salários, mas os sindicatos analisam a lista de pagamento aos trabalhadores.
Outra terceirizada, nessa farra de contratos, a WBS, informou que “agiliza” o processo dos pagamentos. A Leme ainda não realizou os pagamentos. O Sindipetro Bahia afirma que as mobilizações continuam até que a situação nestas empresas seja regularizada.
Além do Sindipetro Bahia marcaram presença no ato as diretorias do Siticcan, Sindicarga, Sindilimp, Sindivigilantes, Sintercoba, Sindalimentação, Sinditticc, Rodoviários, Sindimetropolitano e Sindiquímica.
O presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, convocou a todos a iniciar uma série de protestos contra o PL 4330, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB) e o Documento Interno da Petrobrás nº 198/12, que precarizam ainda mais o trabalho do terceirizado.
Com a implantação do Documento Interno Petrobrás (DIP), a estatal articula um retrocesso nos direitos trabalhistas dos terceirizados. Para fugir da sua responsabilidade como corresponsável pelas empresas contratadas e evitar ações judiciais, a Petrobrás pretende deixar de exigir das terceirizadas que tenham piso salarial, cesta básica e ainda desobriga estas empresas de pagar assistência médica antes de cinco meses de contrato, entre outras cosias. Para o presidente da CUT, “a norma é absurda, pois cria duas categorias dentro da mesma empresa, aprofundando as desigualdades e intensificando a precarização no trabalho”.