Os trabalhadores estão fazendo a diferença no movimento grevista da Recap, em Mauá. Na manhã de hoje (09.11), no nono dia da greve, ao invés de ficarem em casa, dezenas de petroleiros ajudaram nos piquetes na porta de empresa, junto com o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP).
“Muitos grevistas estão dando apoio ao trabalho de base, se integrando à brigada de convencimento. Essa iniciativa fortalece ainda mais o nosso movimento”, afirmou o diretor do Unificado Auzélio Alves.
Segundo ele, poucos trabalhadores chegaram hoje de manhã nos ônibus fretados da empresa. “Junto com os companheiros de apoio, conversamos com os poucos que vieram e pedimos a eles que voltassem para casa. Todos foram embora”, contou o dirigente.
O ato de hoje, de acordo com a direção do Sindicato, contou ainda com a colaboração de militantes dos sindicatos dos Professores de Mauá, da Construção Civil, dos Metalúrgicos, Bancários, da CUT São Paulo e de vários movimentos sociais da região.
Os piquetes têm acontecido, na Recap, todos os dias das 6h às 16h. Logo em seguida, os dirigentes sindicais realizam uma reunião setorial para avaliar o dia da paralisação e planejar as próximas ações.
A Recap tem 100% de adesão dos operadores do turno e 80% do pessoal administrativo. Desde segunda-feira, a refinaria é operada pela equipe de contingência da empresa.
Outras bases do Unificado
Na Replan e nos terminais da Transpetro de Guarulhos e Guararema, a greve segue com 100% de adesão do turno e 70% do administrativo. No terminal de Barueri, todos os trabalhadores cruzaram os braços.
No Terminal de São Caetano do Sul, a greve tem apoio de todos os operadores do turno e de cerca de 90% do pessoal administrativo.
A PM, que agiu com truculência no primeiro dia da paralisação no terminal e deteve o diretor Jairzinho, do Unificado, continua de plantão na porta da empresa, tentando intimidar o Sindicato e os grevistas.
Dirigentes sindicais relatam que, na manhã de hoje, quatro viaturas se revezaram no policiamento e os pms carregavam armas que atiram bombas de gás.
Além disso, contam os diretores, dois policiais estavam a paisana no terminal, relacionando as entidades que participam do ato de mobilização. “Outra evidente postura de intimidação da PM. Felizmente, não houve confusão”, declarou a coordenador do Sindicato, Cibele Vieira.
Fonte: Sindipetro Unificado de São Paulo