Trabalhadores dos Correios e bancários lutam por salário, emprego e contra as privatizações

Categorias, que estão em campanha salarial, contam com o apoio do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas

Trabalhadores dos Correios e bancários, em campanha salarial, lutam nesse momento por reajustes salariais, manutenção do emprego e contra processos de terceirização e privatização, que lesam a sociedade brasileira e podem resultar em mais desemprego e perda de direitos. O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas se solidariza com as categorias e apoia suas lutas.
A greve dos bancários, que ocorre nacionalmente, completa 10 dias nesta quinta-feira com mais da metade das agências do País paradas. A categoria reivindica a reposição da inflação (9,62%) e aumento real de 5%; PLR de 3 salários mais R$ 8.317,90, piso de R$ 3.940,24 e vales alimentação e refeição de R$ 880 ao mês (cada). A luta contra o desemprego e pela manutenção dos bancos públicos também integra a pauta.

Os banqueiros, porém, insistem em manter a proposta de reajuste rebaixada. Na última rodada de negociação, ocorrida na terça passada (13), a Fenaban apresentou a mesma proposta que já havia sido rejeitada pela categoria – reajuste de 7% nos salários, abaixo da inflação, e abono de R$ 3,3 mil. Uma nova rodada acontece na tarde desta quinta-feira. 
“Estamos em campanha salarial para defender salários e direitos dos trabalhadores e, também, para garantir que os bancos públicos continuem a cumprir seu papel social”, aponta a coordenadora do comitê nacional e representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano.

Correios – Ao contrário do que ocorre com os bancários, a paralisação dos trabalhadores dos Correios não atinge todo o Brasil. Mas as federações nacional e interestadual da categoria (Fentect e Findect, respectivamente), que orientaram pela aprovação da proposta, deixaram claro que o estado de greve será mantido. Nesta quinta a greve atinge os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Ceará, Piauí e Sergipe.

A reivindicação dos trabalhadores nos Correios é de 15% de reajuste salarial, e a contraproposta oferecida foi de 9%, sendo 6% retroativos a agosto deste ano e os outros 3% incorporados a partir de fevereiro de 2017, além da correção do valor da inflação de 8,74% (de agosto de 2015 a julho de 2016) em benefícios como o vale alimentação.

“É preciso manter a categoria posicionada contra qualquer ataque aos direitos da classe trabalhadora. Embora o trabalho do Comando de Negociação tenha surtido efeito, com alterações que beneficiam os (as) ecetistas, vale lembrar que ainda é preciso lutar contra as reformas trabalhistas e previdenciárias, às quais o governo federal quer usar para atacar os direitos de quem realmente faz o Brasil crescer”, destaca nota da Fentect.

Fonte: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas

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