Os trabalhadores da Fafen estão revoltados com a forma como vêm sendo tratados pela Gerência, que resolveu até mexer na alimentação do pessoal. Após receber a alimentação de baixa qualidade e com número de itens reduzidos, os funcionários da FAFEN recusaram a alimentação e resolveram que a partir do dia 23/03 não mais farão refeições nas dependências da unidade.
No dia 24/05, diretores do Sindipetro Bahia, compareceram à unidade, dando total apoio ao ato iniciado pelos próprios trabalhadores e solicitando a todas as turmas a aderirem ao movimento, pois é legítimo e demonstra o nível de insatisfação dos empregados com relação a alimentação.
Mas de acordo com o diretor do sindicato, George Arléo, a greve de fome foi apenas um estopim, de uma série de problemas que afligem os trabalhadores da FAFEN, a exemplo de:
– Mudanças no transporte — com a entrada de uma nova prestadora de serviço, roteiros foram aumentados com funcionários chegando em casa mais de duas horas após sair da fábrica. Há também roteiros perigosos (Alagoinhas entre outros); às vezes excesso de lotação, poltronas reduzidas não cabendo funcionário de maior porte físico, um verdadeiro desrespeito a diversidade humana. Deveria ter sido feito um estudo neste sentido.
– Redução de efetivo — este tem sido o pior dos problemas, pois foi feito de forma unilateral, sem pesquisa ou aprofundamento nas rotinas operacionais, nas condições estruturais das máquinas e equipamentos. A FAFEN inicia a redução de efetivo nas plantas operacionais a base apenas na revisão burocrática dos procedimentos. No escritório, alguns TO´s que não mais convivem com a realidade operacional, ou por interesse em se aposentarem, decidem reduzir efetivo a mando dos gerentes, apenas alterando de modo silencioso e individual procedimentos, reduzindo efetivo.
O SINDIPETRO-Ba vem solicitando reuniões para discutir estas situações e até o momento não é atendido.
Neste mesmo dia 24/05 quando o sindicato realizava uma reunião com os TO´s no estacionamento da FAFEN, foi surpreendido com a presença do coordenador de segurança patrimonial, que foi informado que aquela era uma reunião limitada aos TO´s. Ao ser solicitado que não participasse da reunião, o coordenador disse ao grupo reunido, que ali era dependência da FAFEN e era dever dele acompanhar. DE acordo com Arléo, foi entendido pelo grupo que “estávamos a partir daquela data impedidos de nos reunir do portão para dentro do estacionamento da FAFEN”. Diante disto o grupo decidiu que as reuniões vão passar a acontecer fora da FAFEN, movimento que poderá se estender para todas as atividades de agora por diante se esta for a postura da administração de impedir que os trabalhadores se reúnam no estacionamento.
O que está acontecendo com a administração da FAFEN ?