Os trabalhadores do Laboratório da Replan não concordam com a meia-dobra e não abrem mão do efetivo mínimo estabelecido para o setor. Presentes nas setoriais, realizadas na semana passada, na Regional Campinas, eles esperam que a empresa cumpra o número mínimo de quatro trabalhadores em período integral de cada turno e não descartam mobilizações, caso não se chegue a um acordo.
Em atendimento às deliberações dos trabalhadores, a direção do Sindicato enviou mais um ofício à gerência da refinaria para o agendamento de uma nova reunião. “Esperamos que seja marcada uma conversa ainda nesta semana. O pessoal do Laboratório aceita discutir novas distribuições do trabalho. Só não aceita, em hipótese alguma, operar com uma equipe reduzida, o que coloca em risco a segurança do ambiente e do trabalhador”, afirmou o diretor do Unificado Gilberto Soares, o Giba.
Segundo ele, se não houver negociação com a gerência da Replan, serão realizadas assembleias com os trabalhadores para encaminhamento de mobilizações. “Nas setoriais, o pessoal do Laboratório já discutiu e aprovou essa possibilidade”, alertou.
Entenda:
Laboratório serve de “cobaia” para redução de efetivo
A direção do Unificado convoca os trabalhadores do Laboratório da Replan para discutir ações contra a orientação da empresa referente à realização da meia-dobra. O assunto será debatido em duas setoriais, programadas para quarta e sexta-feiras na sede da Regional Campinas.
Há poucos dias, o Sindicato denunciou que o Laboratório operou, por várias vezes, nos últimos meses, com um número abaixo do mínimo estabelecido, de quatro trabalhadores. A proposta das gerências de realizar meia-dobra, regime que não existe na refinaria, ameaça o número mínimo do efetivo.
No dia 23 de junho, dirigentes do Sindicato reuniram-se com a gerência da refinaria para tratar dessa questão. “Saímos da reunião certos de que a meia-dobra seria suspensa”, afirmou o diretor Arthur Bob Ragusa.
Nesse encontro também foi garantido ao Sindicato que os trabalhadores do Laboratório poderiam usufruir da Falta Acordada, cláusula 95 do ACT.
Os dirigentes do Unificado já conversaram com os trabalhadores do Laboratório para expor a situação e foi consenso que o setor deve operar com o número mínimo para garantir segurança, conforto e eficiência.
O Laboratório da Replan é referência nacional para o sistema Petrobrás.
Com relação à Falta Acordada, os diretores entendem que poderá ser usufruída em sua plenitude. “Esperamos que se eliminem as dificuldades para o exercício desse direito, dada à veemência com que as gerências garantiram isso ao Sindicato”, declarou o diretor Gilberto Soares, o Giba.
Fonte: Sindipetro Unificado SP