Na manhã desta segunda-feira (7) os trabalhadores (Comperj), em Itaboraí, cruzaram os braços em protesto contra os salários baixos, a discrepância nos vencimentos e o não cumprimento de alguns direitos.
Escrito por William Pedreira
Na manhã desta segunda-feira (7) os trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, cruzaram os braços em protesto contra os salários baixos, a discrepância nos vencimentos e o não cumprimento de alguns direitos.
A construção da refinaria envolve uma série de consórcios contratados pela Petrobrás. Segundo Marcos Aurélio Hartung, secretário de Formação da Conticom (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira), além do reajuste salarial, os trabalhadores querem uma resolução sobre o plano de saúde gratuito que hoje não é acessível a todos, garantia de passagem de ida e volta, criação e estabilidade para as comissões de trabalhadores.
“Um outro ponto importante é a diferença salarial. Os montadores de andaime, por exemplo, recebem salários muito baixos e os profissionais que trabalham nas empilhadeiras recebem hoje vencimentos de ajudante. Isso é inaceitável e precisa ser resolvido imediatamente”, exclama Marcos.
A paralisação atinge 8.500 dos 10 mil trabalhadores de todo o Complexo. “Realizamos hoje pela manhã uma assembleia com a presença do presidente da CUT-RJ, Darby Igayara, onde se definiu pela continuidade da paralisação. Até o momento, os representantes dos consórcios não apresentarem uma proposta concreta a nível salarial e social”, complementa Marcos.
Uma nova assembleia foi marcada para quinta-feira (10) pela manhã nos canteiros de obra. Neste intervalo de tempo, os trabalhadores vão apresentar uma nova proposta e esperam uma sinalização positiva por parte do patronato.