FUP
Nesta quinta-feira, 13, a FUP , representantes dos trabalhadores do ramo químico e metalúrgico da CUT, o DIEESE e entidades que integram a Plataforma Operária e camponesa para Energia, como FUP, MAB, FNU, FISENGE se reuniram na sede do Sindipetro Unificado de São Paulo para debater a proposta dos trabalhadores para o setor energético e à indústria brasileira.
O coordenador geral da FUP, João Antonio de Moraes, iniciou o evento afirmando que a ideia de realização do seminário surgiu nos diversos debates sobre soberania energética, realizados pela Plataforma Camponesa e Operária para Energia, da qual a Federação faz parte, onde também surgiu o questionamento sobre o que pensam os trabalhadores para o desenvolvimento do país.
O economista do DIEESE, Clemente Ganz, começou o debate, fazendo uma retrospectiva do panorama geral econômico do país desde o inicio do governo Lula até hoje, com a presidente Dilma. Para o economista, o Brasil só atingirá a soberania nacional, através da geração de emprego e renda, que é o elemento estrutrante pra enfrentar a desigualdade. “O nosso desafio central para enfrentar o crescimento econômico se chama desenvolvimento industrial, não só na cidade, mas principalmente no campo. A industrialização no Brasil tem que ir pro campo, de forma acentuada, com investimento em tecnologia suficiente para produzir agricultura sustentável.” afirmou Clemente.
“Nesta estratégia de crescimento, não há possibilidade de faze-lo sem a forte presença do estado, por isso, devemos diminuir o superávit primário e mudar o paradigma, apresentando alternativas radicais para novos espaços, no debate da economia capitalista.” finalizou.
O presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, também participou da abertura do evento, afirmando que os trabalhadores precisam discutir de forma mais abrangente, qual é a forma de desenvolvimento o país precisa. ” Temos que ter em torno da CUT, discussões sobre o tema dos leilões e das terceirizações. Precisamos discutir qual é o nosso papel dentro deste contexto. Não vamos deixar de defender o petróleo, que é nosso, mas o que vamos fazer em relação a isso? A conjuntura é a mesma? Por isso, temos de construir propostas para que possamos intervir no centro das discussões, para que os trabalhadores não fiquem de fora de qualquer decisão e para que o nosso petróleo não seja entregue às multinacionais”, enfatizou Freitas, que por questões de compromissos com a Central, teve que se retirar do seminário.
Os debates serão retomados nesta sexta-feira, 14, quando os participantes apresentarão propostas que ao fim do evento, serão deliberadas como resoluções finais do seminário.
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