CUT por William Pedreira com informações
Os trabalhadores portuários de todo o País preparam para 2012 uma série de mobilizações que incluem uma paralisação nacional de advertência seguida da possibilidade de deflagração de uma greve por tempo indeterminado. A definição sobre a agenda de ações sairá em encontro nacional que acontecerá nesta quinta e sexta (5 e 6), na sede do Sindaport, em Santos-SP.
Em agosto do ano passado, o governo fez uma intervenção no fundo de pensão Portus, recomendando a liquidação e o desmembramento do fundo.
Segundo a FNP (Federação Nacional dos Portuários), que representa 40 mil trabalhadores dos portos controlados pela União, a categoria é contrária a esta intervenção.
O fundo apresenta problemas financeiros relacionados principalmente a falta de fiscalização do governo e pelo descumprimento das patrocinadoras (entre elas a Codesp).
Com esta intervenção não há o compromisso com o pagamento dos débitos da União e das patrocinadoras que chegam ao valor de R$ 4 bilhões. Assim sendo, o governo estará penalizando os trabalhadores.
Para a FNP, o afastamento da diretoria do Fundo foi ilegal e a nova avaliação do interventor concluiu algo que o governo já sabia: o problema do Portus tem origem na União e nas companhias docas que não repassam os recursos exigidos para a conclusão do plano de recuperação.
“Essa intervenção foi ilegal e inútil. O governo quis saber o que já sabia. Não vamos mais tolerar”, resume Eduardo Guterra, presidente da FNP.
Além destes pontos, os trabalhadores reivindicam o cumprimento do acordo que orientava a não distinção entre funcionários novos dos antigos e de concessão de benefícios específicos para cada porto.
Posse da nova diretoria
Durante o encontro nacional, mais precisamente no dia 6, acontecerá também a solenidade de posse da nova diretoria da Federação Nacional dos Portuários.