Sindipetro-BA
Os trabalhadores do TRBA estão vivenciando uma série de problemas em relação a transporte, alimentação, limpeza, condições de trabalho e segurança. A seguir você acompanha um relato resumido das adversidades enfrentadas por estes companheiros, que só querem desempenhar suas funções dignamente e preservar sua saúde física e mental.
Transporte
As lanchas que efetuam o transporte são desconfortáveis: nível de ruído bastante alto, fumaça, falta de ergonomia. Frequentemente, os motores superaquecem ou param, aumentando o tempo da travessia. Os trabalhadores que conduzem as lanchas são obrigados a passar sete dias seguidos morando numa embarcação de 32 pés, fazendo suas necessidades e dormindo nas mesmas. Em uma ocasião um condutor se queimou tentando cortar o combustível de uma lancha, pois a mesma não queria desligar já se aproximando de Salvador. Na maioria das vezes os trabalhadores do turno (operação) usam as piores lanchas. O embarque e desembarque também tem sido alvo de questionamentos.
Alimentação
A alimentação no terminal tem sido um grande problema. Os operadores, muitas vezes, têm que pedir ajuda aos vigilantes para poder buscar as suas refeições e as dos colegas de turnos posteriores. A comida chega ao TRBA totalmente “bagunçada” (Os potes com líquidos são derramados, a comida cai no isopor). Uma falta de respeito!
Treinamentos
A comunicação em inglês com o Golar Winter tem sido um problema , integrantes do navio já fizeram reclamação formal à Petrobras sobre a comunicação em língua inglesa.Os empregados do TRBA têm se esforçado para realizar a comunicação com a habilidade que tem na língua inglesa, entretanto, não raros, são os casos em que é feita uma “chacota” por parte de alguns tripulantes do Golar. Como se isso não bastasse a falta de comunicação numa área industrial off-shore é a receita para acidentes. Os trabalhadores reivindicam, além de curso de inglês, treinamentos que incluem: salvatagem, primeiros socorros e brigada de incêndio.
Confiabilidade operacional
Devido à falta de confiabilidade de alguns equipamentos, operar no terminal tem sido outra tarefa árdua. Válvulas se fecham sozinhas (SDV’s) que só deveriam se fechar em emergências, disparam sinais de ESD despressurizando. A cada uma hora e meia operadores precisam se deslocar para pressurizar as válvulas e evitar que as mesmas se fechem. A bomba Diesel de combate a incêndio está com problemas de vibração, o que faz com que a mesma só seja ligada em caso de emergência. Constantemente soam falsos alarmes do sistema de detecção de fogo e gás em dias de chuva.
Câmera de vigilância na sala de controle
A operação está se sentindo parte de um “big brother” com uma câmera de vigilância dentro da sala de operações com o intuito deliberado de vigiar os operadores. Constituindo uma forma de assédio moral. Não raro integrantes da PETROBRAS ficam passando a gravação dos turnos, não sabemos com que intuito.
Limpeza e higiene
Os operadores reivindicam a presença de colaboradores para a limpeza das instalações em domingos e feriados. E ainda a lavagem das fardas: as mesmas estão sendo lavadas nas residências devido às dificuldades encontradas para a lavagem de fardas no TRBA. Outra demanda é a criação de um sanitário geral.