A plataforma P-53, na Bacia de Campos, tem ficado em funcionamento sem nenhum operador no turno da noite. O posto de trabalho permanece vazio neste período na unidade. A situação grave de baixo efetivo foi constatada pelo diretor do Sindipetro-NF, Tadeu Porto, durante embarque na última sexta, 13, para reunião de Cipa.
“Na própria reunião de Cipa foi falado que essa situação não é isolada e que o baixo efetivo tem acontecido frequentemente na plataforma”, afirma o diretor.
Porto verificou que a unidade mantinha apenas quatro operadores na área, quando deveriam ser seis. De acordo com representantes da Petrobrás a bordo, a empresa não conseguiu achar ninguém a tempo para fazer um embarque extra.
A P-53 passou por um vazamento de gás em agosto e um princípio de incêndio em setembro, o que torna ainda mais grave o impacto da falta de efetivo para a segurança dos trabalhadores.
“A empresa tem se empenhando em embarcar trabalhadores de forma extra, fora de escala, no intuito de enfraquecer a greve que vamos fazer, numa clara atitude antissindical. Contudo, para repor o efetivo de uma plataforma muito complexa e que vem de dois acidentes consideráveis, a gestão implementa essa política de redução de custos que pode custar a saúde plena e até mesmo a vida da categoria”, denuncia o sindicalista.
De acordo com ele, “a empresa foi incapaz de melhorar sua política de SMS e, pelo contrário, com a desculpa de redução de custos, quer retirar do Acordo Coletivo cláusulas valiosas para a saúde e segurança da categoria”.
Fonte: Sindipetro-NF