Trabalhadores da manutenção da Reduc ameaçam entrar em greve contra punições

Dezenove petroleiros da refinaria foram punidos arbitrariamente pela gerência da Manutenção Industrial…





Imprensa da FUP

Cerca de 180 trabalhadores próprios da Manutenção Industrial da Reduc aprovaram em assembléia nesta sexta-feira, 03, estado de greve e mobilizações diárias em repúdio à série de punições que a gerência do setor realizou nos últimos dias. Dezenove petroleiros da refinaria foram punidos arbitrariamente pela gerência da Manutenção Industrial, sendo que três deles demitidos. Dez trabalhadores punidos são do efetivo próprio – oito técnicos de manutenção e dois engenheiros – e os outros nove de empresas terceirizadas, inclusive os três que foram demitidos.

O Sindipetro Caxias afirmou que as punições foram todas indevidas e arbitrariamente aplicadas pela gerência para tentar “justificar” vários problemas graves que estão ocorrendo na manutenção de equipamentos e instalações, em função da má gestão de um contrato de prestação de serviços. Segundo o sindicato, a gerência está querendo culpar os trabalhadores por atrasos e falhas na manutenção, que estão deixando a refinaria em situação de risco. Mas, segundo o Sindipetro, o que está por trás de todos estes problemas é uma cláusula do principal contrato de manutenção da refinaria, que permite a contratada receber, independentemente de ter realizado os serviços ou não.

“O contrato condiciona uma série de exigências que facilitam a vida da prestadora de serviços e tornam a manutenção quase impossível. Para encobrir essa falha do contrato e a incompetência da gerência em resolver este problema, estão transformando os trabalhadores em bode expiatório, tentando culpá-los pela situação caótica em que se encontra a manutenção da Reduc”, explica o coordenador do Sindipetro Caxias e diretor da FUP, Simão Zanardi.

Em estado de greve, os trabalhadores da manutenção exigem o cancelamento das punições e farão operações padrão e hora certa para pressionar a gerência. Eles também deliberaram pela convocação de assembléia para que os trabalhadores do turno somem-se solidariamente ao movimento contra as arbitrariedades da gerência. Na próxima quinta-feira, 09, haverá uma nova assembléia com os trabalhadores da manutenção, onde discutirão parar suas atividades, caso a Reduc mantenha as punições.