FNU/CUT
Um dos argumentos mais usados pela direção da Eletrobras nos últimos meses é a falta de recursos no caixa da Holding. Virou lugar comum dos gestores fazerem esse discurso para os trabalhadores e o movimento sindical. É aquela velha máxima: Depois que inventaram o ruim, nunca mais ficou bom. E estão tentando empurrar a conta dessa conversa fiada para o trabalhador.
A gestão do Sistema Eletrobras poderia então vir a público explicar como em um momento de falta de capacidade financeira, vem assumindo os procedimentos adotados pela Eletronorte para “beneficiar” a Distribuidora CEMAR (que por coincidência é ligada a família Sarney). Até porque, está em vigor uma resolução da ANEEL determinando que no sistema interligado a responsabilidade por Operação e Manutenção de Equipamentos Inferior a 230 KV é de responsabilidade das Empresas Distribuidoras, mas a Eletronorte estranhamente está fazendo uma série de melhorias em equipamentos e bays, que são de responsabilidade da CEMAR, gerando custos para a empresa, que segundo levantamento feito pelo Sindicato do Maranhão chega aos 50 milhões de reais.
O Sindicato do Urbanitários do Maranhão enviou ofício dia 29 de maio cobrando explicação, mas até agora nada. Como diz o ditado, quem cala consente.
Será que só existem dificuldades financeiras quando é para tratar questões dos trabalhadores? O CNE e os sindicatos não vão aceitar um acordo rebaixado. Nossa luta é por novos avanços e conquistas de direitos. Por isso, estaremos fazendo uma paralisação de 24 horas nesta segunda-feira, dia 17 de junho.
O CNE tem buscado nesse acordo o diálogo, por entender que somente a mesa de negociação tem o poder de debater de forma franca um acordo coletivo, mas tem enfrentado a resistência de setores neoliberais que atuam dentro da Holding e do Governo Dilma. Esse grupo que é forte e influente tem se utilizado de todas as estratégias para minar a negociação. Desde a criminalização dos sindicatos, retirada de direitos e planos de reestruturação das empresas, até o adiamento ao máximo do processo negocial para desgastar a categoria.
Como diria o presidente Lula: “Nunca na História desse país os eletricitários sofreram um ataque tão grande aos seus direitos”. Basta ver o desmonte e o enfraquecimento das empresas do Sistema Eletrobras, bem como, a proposta de retirada de direito dos trabalhadores. É fundamental lembrar que estas conquistas só aconteceram após muita luta e determinação da categoria e a sensibilidade do Governo Lula.
É chegado o momento de todos (as) os (as) Trabalhadores (as) do Sistema Eletrobras estarem juntos, deixando as divergências de lado, em busca de um só objetivo que é um Acordo Coletivo de Trabalho digno e decente. Para que isso ocorra só existe um caminho: Unidade. O Acordo é nacional. Portanto, somente unidos vamos arrancar um acordo justo para todos. Dia 17 todos juntos na paralisação nas portas das empresas. Só conquista quem luta!
DIA 17 DE JUNHO PARALISAÇÃO NACIONAL. SÓ CONQUISTA QUEM LUTA!
17/06 – PARALISAÇÃO DE 24 HORAS
21/06-REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO COM A ELETROBRAS
24 e 25/06-ASSEMBLEIAS DELIBERATIVAS