Trabalhadores da CUT criam comitê do Plebiscito Popular pela Reforma Política

 

A cada dia que passa, a Campanha do Plebiscito Popular pela Reforma do Sistema Político ganha maior musculatura.

Nesta quarta-feira (6), o(a)s traballhadore(a)s da CUT (Central Única dos Trabalhadores) aprovaram em assembleia a constituição de um comitê local que terá a responsabilidade de estabelecer a divulgação da Campanha na região do bairro do Brás (SP), onde fica a sede nacional da CUT, e organizar o processo de votação. A iniciativa foi proposta pela Comissão de Representação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Central.

Já para o dia 12 de agosto, quando ocorrerá o Dia Nacional de Lutas pela Constituinte, os trabalhadores decidiram que vão participar da atividade fazendo panfletagem pelas ruas da capital de São Paulo. Ficou definido também que a sede nacional da CUT terá uma urna para coleta de votos, além de assegurar urnas em locais estratégicos, como a estação de trem e metrô do Brás.

Campanha massiva – A votação do Plebiscito está marcada para a Semana da Pátria, de 1º a 7 de setembro. Nestes dias, urnas espalhadas por todo o Brasil vão coletar respostas para a seguinte pergunta: “Você é a favor da convocação de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político? (   )SIM   (    )NÃO.”

O diretor executivo da CUT, Julio Turra, mostrou otimismo quanto à evolução da Campanha e disse que a formalização do comitê da CUT com a participação de todos os funcionários é um importante passo para ampliar o trabalho de conscientização e convencimento de familiares, amigos e moradores do bairro.

“Somente com o envolvimento de toda a sociedade é que conseguiremos alcançar os 10 milhões de votos para o “SIM” à reforma do sistema político”, disse. “A votação massiva será um importante elemento de pressão política sobre as autoridades constituídas para a convocação de uma assembleia constituinte exclusiva e soberana que terá a finalidade de debater e elaborar uma reforma ampla em todo o sistema político”, completou.

Julio explicou também que as mudanças pleiteadas pelas mais de 350 entidades envolvidas na Campanha, entre elas a CUT, envolvem não apenas as regras eleitorais, mas todas as esferas de poder. “Como vamos reduzir a jornada num Congresso com maioria de empresários? Como vamos fazer a reforma agrária num Congresso tomado por ruralistas?”, indagou Julio. Segundo o dirigente, a reforma do sistema político é o primeiro passo para desbloquear as reformas estruturais.

Hoje, já existem mais de 800 comitês registrados no site da Campanha, sem contabilizar as tantas outras iniciativas que ainda não foram registradas oficialmente. A Campanha já atingiu praticamente todas as 100 maiores cidades do Brasil, com comitês em todos os estados e, nos níveis regional, municipal e local. É também na sede da CUT que funciona a Secretaria Operativa Nacional do Plebiscito.

No próximo final de semana, dias 9 e 10 de agosto, ocorrerá à última Plenária Nacional do Plebiscito. A atividade acontece em São Paulo, no Instituto Cajamar.

Fonte: CUT