Trabalhadores da Aliminas seguem com salários atrasados e paralisam atividades em Cabiúnas (NF)

[Da imprensa do Sindipetro NF]

Desde a última semana, o Sindipetro-NF vem recebendo várias denúncias dos trabalhadores da empresa Aliminas Alimentos quanto ao atraso do pagamento e do depósito do FGTS, que não é feito desde julho de 2023. Até o momento a situação permanece a mesma.

A empresa, que presta serviço para Petrobrás, alega crise financeira e pede a colaboração dos funcionários, que por sua vez, não sabem mais o que fazer para resolver a situação, já que a Aliminas não apresenta nenhuma solução.

Diante disso, mais denúncias estão chegando aos canais de comunicação do Sindicato, inclusive com a informação de paralisação por parte da categoria de trabalhadores no Terminal Cabiúnas como forma de protesto.

Veja abaixo algumas das mensagens relatando a situação da Aliminas:

“Infelizmente até agora nada de salário e ninguém fala nada. Fomos coagidos a vir trabalhar”.

“Nos ameaçaram dizendo que quem aderisse à greve, receberia por último”.

“Uma covardia com os trabalhadores e uma vergonha para a Petrobras”.

O restaurante não está funcionando em Cabiúnas, portanto o terminal ficou desabastecido de alimentação. Ainda segundo informações, foi disponibilizado um ônibus para refeição externa e um freezer para armazenar comida congelada, enquanto uma parcela de pessoas utilizou serviço de quentinha entregue na unidade.

“O que está acontecendo é inadmissível. A Petrobras deveria estar dando suporte aos trabalhadores, que mesmo com os salários atrasados continuaram trabalhando no preparo de comidas saudáveis e com qualidade”, disse diretor do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF, Alexandre Vieira.

Ainda de acordo com Déborah Simões, diretora do Sindipetro-NF, o problema não ocorreu apenas em Cabiúnas, mas também em outras bases do sistema Petrobras, onde há o contrato de alimentação. Em todo o tempo, foram cobradas soluções, mas a Aliminas informou que não havia o que ser feito, pois estava sem verba, sem recurso, sem linha de crédito e mais uma série de fatores financeiros, apostando então na venda de ativos da empresa para quitar suas dívidas. Diante disso, os trabalhadores começaram a faltar e paralisaram as atividades.

“Algumas promessas foram feitas por parte da Aliminas, mas não foram cumpridas e a situação está bem precária! Como o serviço de alimentação não está confiável, algumas medidas foram adotadas pela gerência de Cabiunas para tentar suprir as necessidades dos empregados desta base. Há também informações de que a Petrobras está trabalhando pra contratar uma nova empresa para substituir Aliminas”, disse Déborah.

O Sindipetro-NF tem acompanhado de perto a situação dos trabalhadores, que já estão enfrentando estas dificuldades e vem cobrando veementemente providências urgentes junto à gestão da Petrobras.