Parte da diretoria do Sindipetro-NF acampou durante toda a última terça-feira (6), na porta do Edise, para buscar uma resposta em relação ao problema pelo qual passam os trabalhadores de P-65, com o descumprimento da cláusula 39 do Acordo Coletivo de Trabalho. Oito trabalhadores da operação e manutenção foram desembarcados e estão tendo que arcar com despesas de alimentação e hospedagem. A denúncia foi publicada no site do Sindipetro-NF na última sexta, 3.
Estiveram na sede da empresa, os diretores Tezeu Bezerra, Cláudio Nunes, Flávio Borges, Wilson Reis, Raimundo Telles, Alessandro Trindade e o Coordenador Marcos Breda. Segundo Tezeu, por volta das 18h30 a gerencia de RH da Petrobrás informou que manteria sua posição, mas que nessa quarta (7 farial uma reunião para discutir o problema e dar resposta aos petroleiros.
“Fizemos uma série de propostas para solucionar o problema, mas parece que a empresa não quer resolver. Enquanto isso, os trabalhadores que estão em Macaé trabalhando, vão ter que dormir no banco da praça, porque a empresa não se preocupa com essa grave situação”, disse Tezeu.
Pela manhã os diretores foram atendidos pelo Gerente de Relações Corporativas e na parte da tarde pelo gerente de RH Corporativo do E&P, quando repassaram informações sobre esse problema crônico na Bacia de Campos. A FUP irá protocolçar um pedido de reunião específica para tratar do descumprimento da cláusula 39.
Entenda o caso
A diretoria do NF recebeu denúncia dos trabalhadores de P-65, que o pessoal da operação e manutenção foi desembarcado para que a carteira da UMS prevista fosse atendida. Desembarcaram três operadores e cinco técnicos de manutenção próprios. Esses trabalhadores que foram desembarcados estão trabalhando em terra até acabar a obra. Para agravar a situação, a empresa pagou hospedagem e alimentação para os trabalhadores apenas nos primeiros 14 dias de trabalho administrativo, o restante dos dias os trabalhadores ficam em terra por conta própria sem direito a hotel e diária.
A situação piora na P-65, pois a gerência que trata de forma opressora os trabalhores, obriga a trabalhar nos 35 dias em terra como regime administrativo e com pontuação de 0,4 ao invés de 1,5.
Como a diretoria do Sindipetro-NF, cobrou uma resposta em reunião com o RH Corporativo do E&P de forma incisiva, mas não obteve reposta, decidiu acampar durante o dia de hoje, 6, no Edise, tendo saído após às 19h.
A diretoria irá se reunir para definir os próximos passos de uma ação mais incisiva contra uma atitude da empresa, que não se preocupa com o bem estar do seu trabalhador.
Fonte: Sindipetro-NF