Trabalhador morre em P-43

Na manhã desta terça, 22, o supervisor de elétrica e manutenção, Marcelo Lima, 41 anos, faleceu a bordo de P-43. Segundo informações, ele passou mal por volta das 4h e foi levado para enfermaria da unidade onde recebeu os primeiros socorros. Não havia médico a bordo e foi acionado o resgate aeromédico que chegou por volta das 6h com dois médicos. Realizaram procedimento de reanimação, mas infelizmente Marcelo não resistiu e veio a óbito às 8h30. A famíilia já foi avisada e está a caminho de Macaé.

O Sindipetro-NF lamenta a morte do trabalhador durante sua jornada de trabalho e se solidariza com a família nesse momento de tristeza e de luto.

A história se repete: trabalhadores ficam quase 10 horas abandonados no Farol 

Pela segunda vez consecutiva em menos de uma semana, trabalhadores da Petrobras ficaram quase 10 horas sem alimentação e hospedagem em Farol. Na sexta-feira, 26 petroleiros que embarcariam para P-40 e Cherne tiveram o voo cancelado e por isso ficaram no aeroporto aguardando que a empresa providenciasse alimentação e hospedagem. Mais um descumprimento do ACT do dia de desembarque que garante nesses casos a hospedagem, transporte e alimentação.

Os trabalhadores que embarcam cedo, normalmente viajam durante a madrugada para chegar ao Aeroporto do Farol de São Tomé. O local é distante e não possui restaurante perto. Para essas pessoas, ficar durante horas sem comida e banho é extremamente estafante, fora à tensão pré-embarque ao qual já são submetidos. Novamente foi preciso que o Sindipetro-NF entrasse em contato com o RH da empresa para que as devidas providências fossem tomadas.

Para o sindicato essa é a demonstração de desorganização e do real descaso com o qual os trabalhadores estão sendo tratados na gestão de Pedro Parente que sucateia a empresa, promove um PLano de Demissão Voluntária que precariza os serviços da Petrobrás, para oferecê-la a preço de banana ao mercado estrangeiro.

No dia 15 de novembro, o sindicato havia denunciado outro caso idêntico de abandono dos trabalhadores no Heliporto do Farol de São Tomé. Desde a segunda, 14, por conta do mal tempo vários vôos foram cancelados, causando um acúmulo de passageiros no saguão. Até às 21h30, vinte e sete petroleiros que iriam embarcar para a P-18, P-26, P-33, PNA-1 e PNA-2 permaneceram no local, cansados e com fome. Os trabalhadores denunciaram que ligaram diversas vezes para o número de contato e ninguém atendia.

Durante a semana vários vôos foram transferidos também em outros aeroportos da região e com a redução que ocorreu esse ano de contratos de aeronaves, as saídas pelo PIDV de empregados de apoio e a irresponsabilidade da gestão em deixar terminar contratos de pessoal de apoio, o transporte aéreo passa por um verdadeiro caos. A diretoria do sindicato reafirma que vai cobrar as responsabilidades pelo caos aéreo e pelo descaso dos gestores.