Trabalhador fica do lado de trabalhador: "Mexeu com meu companheiro, mexeu comigo"

O movimento sindical petroleiro tem como uma das principais marcas a solidariedade de classe…

Editorial da direção colegiada da FUP

O movimento sindical petroleiro tem como uma das principais marcas a solidariedade de classe. Jamais abandonamos nossos lutadores. Foi assim na greve de 2001, quando os trabalhadores unidos reverteram as punições.

Foi assim com os demitidos nas greves de 1994 e de 1995. Enfrentamos os canhões do exército na mais longa greve da história da categoria. Reagimos às demissões e punições de companheiros e lutamos contra as intervenções nos sindicatos.

Foi assim em 1991, quando Collor anunciou centenas de demissões e, mais uma vez, os petroleiros reagiram e "seguramos" o acordo coletivo até revertermos a situação.

Tem sido assim sempre que somos atacados, como ocorreu diversas vezes durante os governos neoliberais e a ditadura militar.

Não seria diferente agora, em um governo popular, que tanto tem feito pela anistia. É inadmissível que o presidente Lula permita punições políticas na empresa que é a locomotiva do projeto nacional de desenvolvimento social e econômico.Um governo de trabalhador não pode aceitar que gerentes neoliberais punam trabalhadores por lutar por direitos coletivos.Esse é o recado da categoria nas mobilizações surpresa, que estão sendo intensificadas em todas as bases da FUP. Com punição, não tem acordo!

A contraproposta da Petrobrás tem o claro intuito de dividir a categoria, colocando trabalhador contra trabalhador. Os petroleiros não irão cair nesta armadilha. A contraproposta referenda as punições arbitrárias e fortalece as gerências. Não tem acordo com punição. Punição não se negocia. Punição é inaceitável. Para tentar atropelar uma decisão coletiva da categoria, as gerências estão espalhando boatos, querendo justificar as arbitrariedades que cometeram contra os trabalhadores que foram punidos.

É preciso dar um basta à campanha autoritária da empresa contra o legítimo direito de greve. O que está em xeque é a autonomia de mobilização dos trabalhadores e a sua liberdade de organização.