Trabalhador da Usina do Xisto (SIX), no Paraná, sofre grave acidente

Mecânico teve o braço esquerdo rasgado, do punho até o ombro, por uma correia transportadora de um dos equipamentos da unidade. Segundo o Sindipetro-PR/SC, a situação na SIX é grave. Há negligência na segurança dos trabalhadores e os protocolos de prevenção à covid-19 não são respeitados

[Da imprensa do Sindipetro-PR/SC]

Trabalhador da SIX em São Mateus do Sul foi afastado das suas atividades com uma laceração contusa no braço, ele passou por cirurgia e ficará ao menos trinta dias se recuperando. O acidente aconteceu no fim de janeiro e reforça o que o Sindipetro PR e SC vem alertando nos últimos anos: há risco ao profissional que desempenha suas funções devido ao sucateamento dos equipamentos para eventual privatização da fábrica e é necessário aumentar o número de Técnicos de Segurança (TS) próprios por turno na usina.

Denúncias vindas dos trabalhadores próprios e terceirizados revelam que a gestão da SIX opta pela terceirização e precarização dos TS. Essa redução no número de técnicos próprios prejudica não só a usina, mas também o município de São Mateus do Sul, já que eles prestam apoio ao corpo de bombeiros em ocorrências de incêndio na região; além de trabalhar em áreas onde há mina e indústria pesada, demandas que exigem mão de obra especializada.

O Sindipetro defende a intensificação das medidas de proteção aos trabalhadores, seja na manutenção dos equipamentos ou na prevenção à covid-19. Especificamente em relação ao vírus, solicita também apresentação de um plano de imunização para os profissionais próprios e terceirizados que são considerados serviços essenciais.

A situação na SIX é grave. Há negligência na segurança dos trabalhadores e os protocolos de prevenção à covid-19 não são respeitados. No período em que houve o referido acidente, outros dois profissionais de segurança já estavam positivados e afastados. Antes disso, outro companheiro que atuava na usina foi vítima fatal do coronavírus (leia aqui).