“Todos os trabalhadores têm motivos para sair às ruas no dia 16”, afirma o secretário geral da CUT


Na terça-feira (16) acontecerá o “Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos”, que propõe uma paralisação nos locais de trabalho e manifestações em frente às sedes das federações de indústrias nos estados.

A grande manifestação foi construída por CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT e fará contraposição ao avanço da direita contra direitos conquistados pela classe trabalhadora.

Em entrevista ao portal da CUT, o secretário-geral da Central, Sérgio Nobre, alertou sobre os riscos dos projetos que tramitam no Congresso e enviou um recado ao governo golpista. “Se não recuarem na intenção de retirar nossos direitos, nós vamos construir uma greve-geral para defendê-los.”

Confira a entrevista:

CUT: No próximo dia 16 acontece o “Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos”. Qual a importância desse ato na atual conjuntura?

Esse será um dia extremamente importante, pois estamos vivendo a maior onda de retirada de direitos da nossa história. Existem vários projetos no Congresso Nacional que ameaçam os direitos dos trabalhadores. O principal é o que autoriza a terceirização irrestrita, inclusive na atividade fim, isso pode criar empresas sem trabalhadores. Esse governo interino e golpista está querendo privatizar tudo, inclusive a Petrobras, querem dar o nosso pré-sal para o capital estrangeiro. Há ainda um projeto que propõe o fim do reajuste salarial. Ou seja, motivos não nos falta, todos os trabalhadores têm motivos para sair às ruas no dia 16 e protestar.

CUT: As Centrais escolheram fazer os atos na frente das federações das indústrias nos estados. Por quê?

Porque é esse setor, em especial a Fiesp, em São Paulo, que pressiona o Congresso Nacional e o atual governo golpista para retirar os direitos da classe trabalhadora. Por isso é importante que a classe trabalhadora se concentre na frente das sedes das federações no dia 16, para dizer que não aceitamos retrocesso e retirada de direitos. No dia 16 diremos que direitos só se amplia, não se retira.

CUT: Esse ato pode ser importante para a construção da greve-geral?

Dia 16 é um recado importante para o empresariado e para o governo golpista. Nós obtivemos conquistas importantes ao longo da história, com muita luta da classe trabalhadora. Nenhum direito, seja 13º, férias, qualquer um, veio de graça, vieram com muita luta da classe trabalhadora. Nós não podemos perder tudo isso. Assim, se continuar essa onda de retirada de direitos, nós vamos propor novas paralisações. Dessa vez, vamos ter uma hora de paralisação em todas as categorias, no País inteiro, mas se os golpistas e os patrões não recuarem, nós vamos construir uma greve-geral para defender nossas conquistas.