Todo apoio à greve dos metroviários em São Paulo

 

A FUP se solidariza com a greve dos metroviários de Sâo Paulo e repudia veementente a truculência do governo do PSDB e a tentativa de criminalização do movimento. Os petroleiros sofreram na pele a mesma violência tucana quando realizaram em maio de 1995 uma greve de mais de 30 dias em defesa dos nossos direitos e contra a tentativa do PSDB de privatização da Petrobrás. Reproduzimos abaixo a nota da nossa central sindical, divulgada na sexta-feira, 06, em solidariedade aos metroviários de São Paulo.

"A CUT – Central Única dos Trabalhadores é solidária à greve dos/as trabalhadores/as do Metrô de São Paulo e também à população que utiliza o transporte coletivo. Todos nós defendemos um transporte público de qualidade com trabalhadores/as dignamente remunerados. 

A CUT entende que o governador de São Paulo-SP, Geraldo Alckmin, precisa agir com mais responsabilidade, tanto na condução da negociação com os representantes do Sindicato dos Metroviários quanto com a população da cidade. Quatro milhões de pessoas estão sendo prejudicadas pela inabilidade do governo na negociação com a categoria. 

As reivindicações são justas, do ponto de vista econômico e social. É uma greve reivindicatória por melhores condições de trabalho e salário para os/as metroviários/as, que só foi deflagrada, como último recurso, porque não houve um processo de negociação democrático satisfatório entre as partes.  

Foi com greves como essa que os/as companheiros/as rodoviários/as e os professores municipais de São Paulo conquistaram reajustes salariais acima de 10%. 

A CUT repudia veementemente a violência policial ao movimento grevista dos metroviários de São Paulo. Polícia tem de proteger o cidadão, o trabalhador e a trabalhadora. Não foi isso que a Tropa de Choque fez hoje. Para a CUT, o governador tem o dever de abrir negociações sérias com a categoria. 

A greve é um direito legítimo conquistado pelos/as trabalhadores/a e não pode ser reprimida com força policial e a solução tem de ser negociada. 

A CUT se coloca à disposição, tanto para a direção do Sindicato como para o governo do Estado de SP e, principalmente, para os/as metroviários/as de São Paulo, para contribuir na solução desse conflito".

Fonte: CUT