Ônibus da caravana #LulaPeloSul foram alvo de tiros nesta terça-feira (27), em Laranjeiras do Sul (PR). Ninguém ficou ferido. A Polícia Militar já foi contatada para periciar o veículo.
Os ataques à comitiva do ex-presidente Lula começaram antes, quando foram colocados pregos na estrada para furar os pneus dos ônibus no caminho entre Quedas de Iguaçu e Laranjeiras do Sul, segundo informaram alguns militantes e jornalistas que estão acompanhando a caravana.
Pelo Twitter, Lula lamentou os ataques.
Passageiros do ônibus comentaram ter ouvido som de impactos na lateral do veículo atingida pelos objetos. O motorista, por sua vez, encostou o veículo para verificar o que tinha acontecido ao ouvir barulho vindo dos pneus, informou o UOL.
‘Querem matar Lula’, afirmou a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann. Assista aqui o video
A caravana foi alvo de protestos em quase todas as cidades pelas quais passou. Em algumas situações, a comitiva foi alvo de pedras e ovos atirados por militantes antipetistas. Uma delas dilacerou a orelha de Paulo Frateschi, um dos coordenadores da caravana.
Em Cruz Alta (RS), quatro petistas foram atacadas por opositores de extrema direita. Em discurso mais cedo hoje, Lula disse que uma delas ainda está internada.
Em discurso agora à noite, o ex-presidente denunciou que sua caravana no Sul “está sendo perseguida por fascistas, por grandes proprietários de terras, que já atiraram ovos, pedras. Hoje deram até um tiro no ônibus”.
“Eu não tinha em conta o que estava acontecendo no Brasil, esse ódio está sendo estimulado desde 2013”.
Dossiê de crimes de agressão
Nesta quarta (28), o coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia entregará ao Ministério Público do Paraná uma notícia-crime elaborada a partir de material com denúncias enviadas ao Coletivo. Trata-se de vídeos com cenas de apedrejamento, fogo e obstrução nas estradas para impedir a passagem da caravana, fotos de postagens com ameaças de morte a Lula, crimes de lesões corporais contra militantes, cerceamento do direito de ir e vir de Lula e de militantes, injúrias e postagens criminosas em grupos de WhatsApp. Será requerida ao MP a identificação dos sujeitos através dos seus números de telefones, ali informados.
O ato de entrega da representação criminal será às 10h, diretamente ao coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos do Ministério Público do Paraná, Olympio Sotto Mayor Neto.
[Com informações da Rede Brasil Atual]