A terceirização de riscos na Petrobrás fez mais duas vítimas esta semana…
Imprensa da FUP
A terceirização de riscos na Petrobrás fez mais duas vítimas esta semana. O mecânico Marco Antônio Faustino Fonseca, 46 anos, e o auxiliar de serviços gerais Rodrigo Gomes Oliveira, 32 anos, morreram em acidentes de trabalho no Rio Grande do Norte e na Bacia de Campos, respectivamente. Marco Antônio trabalhava para a Perbrás, no campo de produção do Alto do Rodriques. Rodrigo era funcionário da Limp Tec, que presta serviço à Siem Consub, que é contratada da Petrobrás, ou seja, uma relação de quarteirização. Clique aqui para saber mais detalhes sobre o acidente.
Enquanto a empresa permite a precarização das condições de trabalho, calando-se em relação às principais reivindicações da categoria, a máquina de matar trabalhadores segue em frente, sem freios. E as vítimas continuam sendo quase que exclusivamente os terceirizados. Só nos últimos três anos, foram 35 trabalhadores mortos, dos quais 30 eram terceirizados. Se tomarmos como referência os últimos dez anos, esse número sobe para 195, sendo que a grande maioria também foram trabalhadores terceirizados (163).
Apesar do acordo de trabalho proposto pela FUP ter uma série de cláusulas que alteram esta realidade, a Petrobrás nega-se a atende-las. Nesses dois meses de negociação, não houve nenhum avanço significativo em relação às reivindicações de saúde, segurança, efetivos, igualdade de condições de trabaho para os terceirizados, entre outras questões sociais.
É na luta, portanto, que os petroleiros devem buscar mudanças estruturais nas políticas de SMS e de terceirização, dois dos principais eixos da campanha reivindicatória. A próxima sexta-feira, 13, uma data tida como macabra por algumas pessoas, ganhará uma nova simbologia, pois será o dia nacional de luta pela valorização da vida, contra os acidentes e em defesa da AMS.