Mais uma vez a segurança pública falhou com a população do Rio de Janeiro e 60 mil litros de óleo derramados na Baía de Guanabara, na tarde do dia 8. O crime ambiental foi provocado por uma tentativa de furto em um oleoduto da Transpetro, na região entre os municípios de Magé e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Em nota, a empresa disse “estar mobilizando todos os recursos necessários para realizar a limpeza e recuperação das áreas atingidas” e, de acordo com sua última atualização, cerca de metade do volume vazado já teria sido recolhido pelas equipes de emergência.
É importante ressaltar que a fiscalização e segurança nas áreas públicas onde os oleodutos percorrem é de responsabilidade da polícia federal. Os petroleiros da Transpetro trabalham diariamente realizando inspeções e manutenções necessárias para garantir a segurança e entrega para toda a população. Tanto que, de acordo com a empresa, “ao detectar a ação criminosa, imediatamente interrompeu as operações do duto, acionou equipes de emergência e conteve, na mesma tarde, o vazamento do oleoduto”.
Segundo o diretor Paulo Cardoso, em 2000 um vazamento semelhante a este deu força para que se privatizasse a empresa, alegando má gestão e a incapacidade do Estado em tomar conta deste setor. “Hoje vemos os mesmos crimes ambientais sendo cometidos por bandidos que tiveram suas receitas afetadas de alguma maneira, seja pela crise financeira ou por ações policiais em outras frentes de combate ao crime organizado. Atualmente os produtos na mira dos bandidos são desde petróleo cru até nafta, que pode ser utilizada para o refino de cocaína”.