As medidas apresentadas pelo governo Michel Temer para a Educação, por meio do ministro Mendonça Filho, tem provocado o caos na educação pública do Brasil.
Nesta quarta-feira, 23, professores de 27 universidades federais aprovaram greve a partir de quinta-feira (24) por tempo indeterminado, segundo a Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). A maioria das instituições é de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Outras 17 instituições estão com indicativo de greve e devem votar a participação nos próximos dias.
“Essa precisa ser uma greve de ocupação das universidades e institutos, de intenso diálogo com a comunidade acadêmica e também com a população, porque é necessário que, tanto os segmentos da comunidade acadêmica quanto a população como um todo, entendam que a pauta da nossa greve não é uma pauta corporativa, mas é uma pauta da sociedade, que é a defesa da educação pública. Por isso, a nossa indicação é por uma greve de ocupação, que realize atividades públicas nas universidades, oficinas, aulas, debates, em conjunto com os estudantes, que na maior parte das universidades já estão ocupando, e com os técnico-administrativos, que também estão em greve, envolvendo os movimentos sociais e a população como um todo”, explica o presidente da Andes, Eblin Farage.
Entre as pautas principais dos protestos está a PEC 55, que tramita no Senado, e que congela por 20 anos os gastos públicos, indexando-os à inflação. Os estudantes de escolas também protestam contra a reforma do Ensino Médio, proposta por Medida Provisória pelo governo de Michel Temer.
Reitores de várias instituições de Ensino Superior estão reunidos nesta quarta-feira em Brasília, para uma avaliação do quadro. Eles debatem a complexidade das paralisações, que envolvem professores, servidores, estudantes. Algumas universidades estão paralisadas por tempo indeterminado, outras não. Segundo levantamento da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) existem atualmente 223 universidades ocupadas, além de 393 escolas.
VIA Brasil 247