A Petrobrás criminaliza a organização sindical e seus trabalhadores

 

O Sindipetro-NF condena com veemência e atuará politicamente e juridicamente para reverter a decisão criminosa, autoritária e antissindical da gerência da Transpetro, em Cabiúnas, de suspender, no último dia 27, o contrato de trabalho do diretor da entidade e da FUP, Claudio Nunes, sob a alegação de “apuração de falta grave”.

O sindicato considera gravíssima a agressão da empresa contra um representante dos trabalhadores e denuncia que a medida é uma retaliação contra a sua forte liderança na base. Até o dia anterior à suspensão, estava em vigência atestado médico de Cláudio Nunes, e a empresa não aceitou novo atestado de 60 dias.

Nos últimos anos, o NF aumentou a sua interlocução com os trabalhadores de Cabiúnas, realizou greves e outras mobilizações históricas, avançou na organização dos petroleiros da Transpetro e tudo isso incomodava a gerência, que por diversas vezes tentou coagir a categoria.

As lutas pelas pautas específicas locais, assim como as nacionais e pela incorporação à Petrobrás, a realização do Seminário Nacional dos Trabalhadores da Transpetro, em Macaé, estão entre os frutos de uma maior sincronia entre a base e a direção sindical, o que é considerado uma ameaça pela empresa.
Os petroleiros de Cabiúnas também tiveram atuação decisiva na greve histórica de novembro de 2015, com a manutenção de ocupação e controle no escoamento de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).

Para o Sindipetro-NF, a gestão da empresa cometeu um grande erro, pois a perseguição cruel a um dirigente sindical acende ainda mais o espírito de luta dos trabalhadores, que não se curvarão diante dessa atitude covarde.

O sindicato e os petroleiros de Cabiúnas continuarão na luta. Tanto para reverter essa suspensão injusta quanto para fazer frente aos grandes desafios do setor petróleo e do País.

Diretoria do Sindipetro-NF | Macaé, 08 de Junho de 2016