Supervisor da Petrobrás agride militante e PM tenta intimidar sindicato

No primeiro dia de greve dos petroleiros na Bahia (01\11), a direção do Sindipetro Bahia barrou diversas manobras realizadas pela gerência da Petrobrás para furar os bloqueios realizados pelo sindicato, muitos deles colocando em risco a segurança dos trabalhadores e trabalhadoras e da própria empresa.

Como nas greves anteriores, eles estão permitindo a abertura das cercas que protegem as unidades, para a entrada de alguns pelegos. Para Deyvid Bacelar, coordenador geral do sindicato, essa é uma atitude muito perigosa. “Com a abertura desses espaços, além de comprometer a segurança do patrimônio, os trabalhadores ficam vulneráveis a ações de ladrões, estupradores e assassinos”, lembra Bacelar

Na RLAM foi feito o convencimento no Trevo da Resistência e as 3ª e 5ª turmas que chegaram na refinaria às 7h e às 15h não trocaram os turnos e foram convencidos pelos diretores do Sindipetro a retornarem para suas casas. A Petrobrás, numa atitude desumana, não liberou de imediato o retorno dos ônibus, mantendo-os até as 10h30 e 17h30, comprometendo o descanso e a alimentação dos rodoviários que estavam trabalhando desde as 

No Terminal Marítimo de Madre de Deus (Temadre), a greve começou às 19h deste domingo (01\11), quando os trabalhadores decidiram não fazer a troca de turno e retornar para suas casas. Segundo o diretor do Sindipetro Bahia, André Araújo, a intransigência da gerência não permitiu a negociação e por força dessa intolerância a turma anterior ficará 24h no Temadre.

Autoritária, a gerência estava cedendo a instalação do porto para embarque de pelegos para a RLAM, o que foi rechaçado pelo sindicato. Ainda segundo André Araújo, também foi cortada a rendição da Segurança Patrimonial; o pessoal de serviço estava sendo usando para transportar alimentos para os pelegos, numa típica transgressão à lei de greve e desvio de função.

Agressão – No portão 6 da RLAM, supervisores desceram do ônibus que foi parado; um deles, não identificado, partiu para agressão física, empurrando a mãe de família Maria Alcione, que é militante e coordenadora do MST do Recôncavo Baiano.

A Polícia Militar, também no início do movimento, através de um subtenente que comandava a patrulha, tentou agredir o coordenador geral do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar. O ato só não foi consumado porque os trabalhadores da 5ª turma ocuparam a pista e enfrentaram os polícias.

O sindicato também fez convencimento dos trabalhadores nas unidades de Candeias, Pbio, Temadre, Taquipe, Ativo de Produção Norte, Fafen e nas termoelétricas.

Na greve por tempo indeterminado, em Defesa da Petrobrás e do Brasil, a direção do Sindipetro Bahia conta com o apoio do MST, Sindicato dos Rodoviários da Bahia, da Central Única dos Trabalhadores, Comunidade Quilombola de São Braz e dezenas de dirigentes sindicais de outras entidades.

Fonte: Sindipetro BA