Maioria dos ministros decidiu manter o ex-presidente preso em Curitiba
A maioria dos ministros do STF decidiu, na tarde desta quarta-feira 07, barrar a transferência do ex-presidente Lula de Curitiba para o presídio de Tremembé, em São Paulo. A defesa do petista entrou com uma liminar no Supremo para anular a decisão da juíza substituta Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba.
Na manhã desta quarta, Lebbos acatou um pedido da Polícia Federal e determinou a transferência de Lula para São Paulo. Além disso, a juíza declarou que a legislação não tem qualquer previsão de que presos provisórios devam cumprir pena em sala de Estado Maior. Por isso, ela decidiu pela transferência a um presídio comum.
Raquel Dodge foi a favor de suspender a transferência de Lula para São Paulo. Em seguida, o relator do caso, ministro Edson Fachin votou para manter Lula no Paraná. O único ministro que não acompanhou o relator foi Marco Aurélio . Para ele, não é competência do STF analisar o pedido e o caso deveria ser submetido ao TRF4`.
Decisão vale até 2ª Turma julgar pedidos de suspeição de Moro, o que ainda não tem previsão.
A transferência
O pedido da transferência de Lula pela Polícia Federal do Paraná foi argumentado para “minimizar as demandas apresentadas diariamente à Polícia Federal e demais instituições envolvidas, reduzindo gastos e o uso de recursos humanos, bem como devolvendo à região a tranquilidade e livre circulação para moradores e cidadãos que buscam serviços prestados pela Polícia Federal”.
A defesa de Lula se posicionou contra a decisão tomada pela juíza. Os advogados concordam com a transferência do ex-presidente para São Paulo, para ficar próximo dos amigos e familiares, mas só depois julgamento final de um habeas corpus que tramita no Supremo Tribunal Federal pedindo a suspeição do juiz Sergio Moro, o que poderia anular a sentença de Lula.
Além disso, Lebbos declarou que a legislação não tem qualquer previsão de que presos provisórios devam cumprir pena em sala de Estado Maior. Por isso, ela decidiu pela transferência a um presídio comum, que garanta a integridade física e moral de Lula.
“Lula é vítima de intenso constrangimento ilegal imposto por parte do Sistema de Justiça. A Defesa tomará todas as medidas necessárias com o objetivo de restabelecer a liberdade plena do ex-Presidente Lula e para assegurar os direitos que lhe são assegurados pela lei e pela Constituição Federal”, diz a nota enviada pelos advogados do ex-presidente.
Via Carta Capital