Abraço à sede da Petrobrás, no Rio, atos presenciais e virtuais marcam os 67 anos de criação da Petrobrás. Mobilização começa às 07h, com atividades na entrada dos turnos nas bases operacionais
Neste sábado, 03/10, dia em que a Petrobrás completa 67 anos de existência, a FUP e seus sindicatos intensificam a luta contra as privatizações e em defesa do setor público e da soberania nacional. Os petroleiros realizam uma grande mobilização junto com outras entidades que integram a Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia, as centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Haverá atos presenciais e virtuais ao longo de todo o dia.
As mobilizações têm como objetivo dialogar com a população sobre a importância da luta em defesa das empresas públicas de todos os setores – petróleo, bancos, transporte e porto públicos, correios, eletricidade e saneamento, que estão sob a ameaça de extinção ou de privatização total ou parcial, o que pode afetar a vida de milhares de brasileiros e brasileiras.
Às 15 horas, terá início o ato virtual “Pela soberania nacional, em defesa do povo brasileiro”, com participação de mais de 50 entidades, além lideranças políticas e sociais, como o teólogo Leonardo Boff, os deputados federais Marcelo Freixo (Psol-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa, Celso Amorim, o presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, entre outras.
O ato será realizado nas redes sociais, com transmissão ao vivo no canal da Rede TVT, com retransmissão da FUP, dos sindicatos e das demais entidades que participam da mobilização.
O ato deste sábado é um reforço fundamental na luta que os trabalhadores travam para evitar que o país retroceda ainda mais, como alerta o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar. “Sem o controle do Estado nas empresas estatais não há soberania nacional e ainda entregamos nas mãos do capital internacional áreas estratégicas para o desenvolvimento do país, prejudicando todo o povo brasileiro, principalmente os mais pobres. Não podemos compactuar com este governo e ainda temos apoio de 67% dos brasileiros, que são contrários a privatização das estatais”, explica.
O coordenador nacional do Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB), Gilberto Cervinski, disse que os atos serão explicativos para que toda população entenda que defender a soberania é defender a industrialização e empregos, educação e saúde para todos, a Amazônia e tarifas justas nas contas de água, luz e alimentação. Além disso, mostrar porque o movimento é contra as privatizações.
“A Petrobras, Eletrobrás, Correios, Banco do Brasil, BNDS, Casa da Moeda, Portos, o SUS, as universidades e outras empresas públicas e estatais estão em liquidação e serão transferidas para outra nação se não fizermos nada. Não podemos permitir este saque às riquezas do nosso povo. Só com empresas públicas fortes é que um país se desenvolve”.
“Privatizá-las significa aumento nas contas de água e luz, preços elevados na alimentação, a destruição da nossa natureza, escolas e universidades com mensalidades pagas. Além disso, excluir milhares de pessoas de ter uma vida mais digna e justa. Sem soberania, as consequências são graves para a população”, afirmou Giba.
A data também será importante para explicar para os brasileiros e as brasileiras que, no governo Bolsonaro, a manipulação das informações e mentiras para confundir as pessoas ficou ainda mais grave e precisa ser combatida, diz o presidente da CUT, Sérgio Nobre.
“Ao longo de décadas, eles plantaram mentiras sobre os serviços públicos, os servidores e sobre as estatais, dizendo que nossas empresas eram ultrapassadas, que não tinham competitividade e que o retorno para a sociedade era pequeno. Mas precisamos e vamos reverter esse processo de mentiras, resgatar a verdade sobre a importância dos serviços e servidores públicos”, concluiu Sérgio.
[Com informações das entidades organizadoras do ato]