SRTE interdita parte de laboratório No Terminal Aquaviário de Suape

Sindipetro PE/PB

Na manhã de ontem (28), a Su­perintendência Re­gional do Trabalho e Emprego de Pernambuco (SRT) realizou uma fiscalização no la­boratório do Termi­nal Aquaviário de Suape e constatou que parte das ins­talações se encon­tra em condições precárias. Após a vistoria, a SRTE interditou a sala de análise de GLP e proibiu a utiliza­ção de equipamentos de amostra e análi­se do produto devido a não conformidade das instalações e equipamentos.

A Transpetro tem prazo de 10 dias para regularizar essas e outras “não con­formidades” encontradas pela fiscalização da Superintendência. Não é de hoje que o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Petróleo de Pernambuco e Paraiba (Sindipetro – PE/PB) de­nuncia as péssimas condições de traba­lho no Terminal, mas a empresa continua a merecer o apelido de “transvestruz”, sempre faz de conta de que não é com ela.

Segundo o diretor do Sindipetro PE/PB.Luiz Lourenzon, ostrabalhadores questionam como pode o laboratório de um Terminal desse porte, que analisa produtos químicos altamente sofisticados, ter tomadas de força igual a qualquer residência? “Esses problemas são apenas a ponta do iceberg do que ocorre no TA Suape. O Sindicato irá cobrar oficialmente da presiden­te Graça Foster uma resposta à negligência dos gestores, que expõem a vida dos traba­lhadores para tentar apresentar resultados” .

CAT divergente

O Sindipetro – PE/PB  já havia denunciado a tentativa da empresa de descaracterizar a gravidade do acidente. No dia 15 de março foi emitida uma CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) atestando que a trabalhadora acidentada no laboratório tinha menos de 10% do corpo atingido. No dia 20, nova CAT, assinada pelo mesmo médico, dizia que as queimaduras haviam atingido de 10% a 19% do corpo, em discordância com a primeira. Entretanto, o laudo do hospital aponta que a tra­balhadora teve 31,5% de seu corpo afetado com quei­maduras de 1º, 2º e 3º graus. O Sindicato irá entrar com denúncia no Cremepe (Conselho Regional de Medici­na de Pernambuco) para investigar se houve negligência do profissio­nal de saúde.