Sondas da Petrobrás serão paralisadas no RN, a partir de 00h00 desta terça, 1º de março

Os trabalhadores terceirizados que operam as sondas da Petrobrás nos estados da Bahia e do Rio Grande do Norte aprovaram a greve de 5 dias, a partir de 00h00 de 1º de março…





Imprensa da FUP


Os trabalhadores terceirizados que operam as sondas da Petrobrás nos estados da Bahia e do Rio Grande do Norte aprovaram  em assembléias realizadas nesta segunda-feira, 28, a parada de produção no período de cinco dias, a partir da 0h00 do dia 1º de março.

O movimento deverá ser aderido pelos trabalhadores terceirizados do Estado da Bahia, em protesto contra a acentuada precarização das condições de trabalho a que estão sendo submetidos.

 O indicativo da FUP também  aponta a avaliação de continuidade do movimento, caso a Petrobrás insista na atual política de terceirização que tem precarizado cada vez mais as condições de trabalho e segurança, em função de um modelo de contratação predatório, baseado no menor preço. 

Além de perda de massa salarial, redução de postos de trabalho e ataques a direitos e conquistas consolidados após anos de luta, os contratados sofrem constantes cortes nas condições de trabalho e segurança, aumentando, ainda mais, o risco de acidentes, cujas principais vítimas são os trabalhadores terceirizados. A cada ano, as licitações da Petrobrás provocam uma concorrência predatória levando as empresas a apresentarem contratos com valores que não são sustentados na prática. Quem paga a conta é o trabalhador, que sofre com aumento de jornada, banco de horas extras, demissões, redução de salários, cortes de treinamento e ataques a direitos conquistados a duras penas, como assistência médica de qualidade, pagamento da PLR e quinta turma.

Há muito tempo, a FUP e seus sindicatos vêm denunciando esta situação a Petrobrás, exigindo mudanças no modelo de contratação. No início deste ano, antes da empresa iniciar suas novas licitações nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Sergipe, a Federação apresentou à Gerência de Sondagem Terrestre um conjunto de condições básicas que deveriam ser contempladas nos novos contratos para garantir os direitos já consolidados pelos trabalhadores e evitar mais ataques. No entanto, a Gerência desrespeitou as demandas dos trabalhadores e sequer respondeu à solicitação da FUP de reunião para discutir estas questões. Nesta quinta-feira, 24, a Federação voltou a cobrar a urgência de um novo modelo de contratação, durante a reunião da Comissão de Terceirização.

A greve nas sondas da Bahia e do Rio Grande do Norte é a resposta da categoria à falta de vontade política da gestão da Petrobrás em tratar com respeito e de forma propositiva as reivindicações da FUP e de seus sindicatos em relação às demandas dos trabalhadores terceirizados, principalmente, no que diz respeito à mudança do modelo de contratação.