Somente a mobilização fará Petrobrás impedir calotes contra terceirizados

Em reunião segunda-feira (09) com a FUP, ficou evidente a falta de empenho e vontade política dos gestores da empresa …





Imprensa da FUP

Está mais do que claro que somente com mobilização é que os petroleiros farão a Petrobrás criar um mecanismo de proteção das verbas rescisórias dos trabalhadores terceirizados, evitando os constantes calotes das empresas contratadas. Esta é uma pendência do acordo passado, que tem reflexos diretos na atual campanha salarial. Portanto, é fundamental intensificar as mobilizações. Nesta segunda e terça-feira, os petroleiros realizaram atrasos e concentrações na entrada do expediente, que prosseguirão até sexta-feira, 13, quando a categoria fará uma paralisação de advertência de duas horas em todas as unidades do Sistema Petrobrás.  

Em reunião segunda-feira (09) com a FUP, ficou evidente a falta de empenho e vontade política dos gestores da empresa em garantir a cobertura das verbas rescisórias dos trabalhadores terceirizados. A Petrobrás continua alegando mil e uma dificuldades e impeditivos jurídicos para colocar em prática o que prometeu à categoria. Mas, quando se trata dos interesses coorporativos da empresa, os gestores são mais do que ágeis em encontrar justificativas jurídicas para solucionar “problemas”, como fazem quando descumprem normas de SMS e legislações, ou quando pagam abonos para quem já recebe remunerações extraordinárias, como é o caso das funções gratificadas.  

Falta, portanto, interesse e vontade política da Petrobrás em colocar em prática um mecanismo que garanta a cobertura das verbas rescisórias dos trabalhadores terceirizados. Tanto é verdade, que a FUP apresentou na reunião um modelo de gestão que a própria empresa já pratica na Bacia de Campos e que poderia ser estendida para todo o país. Uma das cláusulas dos contratos de prestação de serviço da Petrobrás na Bacia de Campos protege os trabalhadores contra possíveis calotes, garantindo o pagamento das verbas rescisórias ao final dos contratos. O mecanismo funciona através da retenção de parte dos valores que a Petrobrás paga mensalmente às empresas contratadas e que é liberado ao final dos contratos, mediante a comprovação de que a empresa prestadora de serviço cumpriu e quitou suas obrigações trabalhistas.

Os petroleiros continuarão mobilizados, cobrando o que foi acordado com a categoria e exigindo condições decentes e seguras de trabalho para os milhares de trabalhadores terceirizados. Esta é uma luta que é de toda a categoria e que continuará ao longo da campanha salarial, até que a Petrobrás resolva definitivamente esta pendência.

Petrobrás agenda reunião para esta quarta-feira

A Gerência de Recursos Humanos da Petrobrás agendou para esta quarta-feira, 11, pela manhã, uma nova reunião com a FUP para tratar da campanha salarial. A empresa ainda não se posicionou sobre as reivindicações econômicas, tampouco resolveu as pendências do acordo passado, como a proteção das verbas rescisórias dos trabalhadores terceirizados e atualização e melhorias na tabela de reembolso do Programa Jovem Universitário.