Sobre as “Lutas de Rua” no Brasil em 2013

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Por Márcio Dias – sociólogo, sindicalista, Secretario Geral do SINDIPETRO-RN e militante do Partido Comunista do Brasil – PCdoB.

O ano de 2013 está marcado na nossa história como o ano em que “O gigante acordou” para protestar contra a situação política e as péssimas condições de vida em nosso país. A crise urbana “empurrou” para a luta milhares de trabalhadores ativos e aposentados e, também, filhos de trabalhadores conscientes, ou não, que foram convocados pelos movimentos sociais. Em muitas cidades as lutas não param. É bom que se diga que o “gigante pela própria natureza”, como diz nosso hino, jamais foi silente ou omisso diante do enfrentamento da luta de classes.

Nossa história é repleta de lutas e conquistas. Desde o descobrimento e durante a formação do povo brasileiro existem lutas nesse país. As batalhas foram muitas. A luta contra a escravidão; As lutas contra a colonização e pela independência; As lutas contra os invasores estrangeiros; As lutas contra o império e pela instauração da república; As revoluções na década de 30; A Coluna Prestes e a Insurreição Comunista de 1935; A luta “O petróleo é nosso”; A Guerrilha do Araguaia; As Diretas Já!; o Fora Collor e Fora FHC!; A eleição do presidente Lula e de sua sucessora, a presidenta Dilma foram, dentre tantas outras, acontecimentos marcantes da luta política do nosso povo. Essas lutas progressistas sempre foram convocadas por partidos e organizações de esquerda. Sem falar nas lutas classistas e do próprio cotidiano da vida da classe trabalhadora para construir nosso país.

Presentemente, estamos vendo novas lutas políticas com novos protagonistas sociais se utilizando da internet e suas redes sociais para convocar mobilizações e protestos de maneira espetacular com grande intensidade. Esses movimentos sociais, especificamente, “A Revolta do Buzão” em Natal-RN, “Pau de Arara” em Mossoró e o “Movimento Passe Livre” em várias cidades do país, entre outros, conseguiram mobilizar milhões de trabalhadores pelo Brasil e, inclusive, fora do Brasil que, incialmente, foram às ruas devido aos aumentos abusivos das passagens de ônibus, mas, logo evoluiu para outras reivindicações políticas, econômicas e sociais mais gerais.

Não se pode dizer que o povo foi às ruas sem saber de nada como insinuou o Partido da Imprensa Golpista, o PIG. Aliás, o PIG tentou manipular as manifestações com objetivos golpistas, reacionários e neoliberais. Foi duramente combatido e teve que recuar dos seus intentos. O povo foi às ruas cansado do trabalho duro e exaustivo do dia-a-dia, para conseguir o “pão de cada dia”; salários baixos e insuficientes; corrupção e também muita impunidade; negociatas eleitorais e políticas para “partilha” do poder em benefício próprio; democracia capenga que não possibilita ao povo uma ação mais participativa e direta nas decisões políticas; falta de justiça e privilégios do poder judiciário – uma verdadeira “bastilha” no século 21; massacre das filas em todos os lugares de órgãos públicos e empresas e bancos privados e estatais; desgraceira dos transportes públicos com ônibus, metrô e trens sucateados, desconfortáveis, superlotados e caros; corrupção e manipulação vergonhosa do Partido Imprensa Golpista; transito caótico e violento; carestia e ganância de empresários e banqueiros ambiciosos cada vez maior; serviços públicos e privados de educação, saúde, e segurança de péssima qualidade. Jovens, adultos e idosos foram às ruas por motivos claros e bandeiras de lutas concretas.

Radicais de todas as tendências políticas e civis expressaram o seu descontentamento contra tudo e contra todos, ou quase todos. O ponto alto das mobilizações aconteceu no dia 17 de junho quando mais de 1 milhão de pessoas foram as ruas com palavras de ordem e cartazes. Movimentos “horizontais” e “espontâneos”, “politizados e despolitizados” e “organizados e desorganizados”, enfim, povo nas ruas.

Protestos pacíficos e violentos com saques, invasões e depredações e incêndios de prédios públicos e privados e muita repressão violenta das policias de alguns estados, enfim, conflitos de toda ordem eclodiram por todo o país e, como sempre, surgiram os oportunistas, agitadores, provocadores, vândalos, mercenários e, inclusive, a bandidagem, que, infiltrados, agiram desenfreadamente com objetivos alheios a democracia.

Mais recentemente, o movimento sindical da cidade e do campo se juntaram aos demais movimentos sociais com um pauta classista e com temas relacionados a soberania nacional como é o caso da defesa do petróleo brasileiro e bandeiras de luta histórica dos trabalhadores são as questões da redução da jornada de trabalho sem redução de salários; fim do fator previdenciário; valorização dos aposentados e pensionistas entre outras. Já não era sem tempo, pois o movimento sindical que sempre esteve a frente das lutas passa por um momento de dificuldades devido a equívocos e incompreensões sobre como deve atuar diante de um governo democrático e popular. O movimento sindical também foi hostilizado pelos manifestantes. As manifestações estão adquirindo uma identidade de classe mais definida e isso reforça a luta política por transformações mais profundas. Mais recentemente, o movimento sindical da cidade e do campo se juntaram aos demais movimentos sociais com um pauta classista e com temas relacionados a soberania nacional como é o caso da defesa do petróleo brasileiro. As manifestações estão adquirindo uma identidade de classe mas definida e isso reforça a luta. Mais recentemente, o movimento sindical da cidade e do campo se juntaram aos demais movimentos sociais com um pauta classista e com temas relacionados a soberania nacional como é o caso da defesa do petróleo brasileiro. As manifestações estão adquirindo uma identidade de classe mas definida e isso reforça a luta. Mais recentemente, o movimento sindical da cidade e do campo se juntaram aos demais movimentos sociais com um pauta classista e com temas relacionados a soberania nacional como é o caso da defesa do petróleo brasileiro. As manifestações estão adquirindo uma identidade de classe mas definida e isso reforça a luta.

Um detalhe curioso chamou a atenção. O povo utilizou cartazes de papel, papelão e cartolinas escritas a mão bem ao estilo das antigas manifestações para fazer suas denuncias e, dessa forma, serem vistos no Brasil e no mundo. Voltaremos ao assunto porque ao que parece, a luta está apenas (re)começando.