Sindipetro Unificado, uma experiência de sucesso no movimento sindical


O Sindicato dos Petroleiros Unificados do Estado de São Paulo termina sua segunda gestão com um saldo extremamente importante para toda a categoria.  Ao unificar três entidades sindicais autônomas (São Paulo, Campinas e ABC), os petroleiros deram uma resposta prática à dispersão que vive o movimento sindical na atualidade; enxugaram os cargos de direção. diminuíram a burocracia e os custos das entidades, sem demitir um funcionário sequer.

Com uma direção coesa e o Sindicato com atuação mais abrangente, a categoria como um todo ganhou. Nos últimos três anos, devido, de um lado, à política do governo Lula de incentivar o crescimento da Petrobrás como empresa pública, utilizá-la na prospecção de novas reservas de petróleo e de fontes alternativas de energia, e, de outro da maior interlocução que o movimento sindical passou a ter com as gerências da empresa, foi possível obter ganhos financeiros e de condições de trabalho superiores à média das categorias mais organizadas do país.

Sob a política da FUP – Federação Única dos Petroleiros  – e seus sindicatos, a categoria petroleira  conseguiu definir um novo Plano de Cargos e Salários (PCAC), que há anos estava na mesa de negociação; reorganizou o sistema de previdência complementar do fundo de pensão dos funcionários (Petros), com a repactuação, processo que equacionará parte do déficit atuário da Petros, garantiu um bônus de R$ 15 mil reais para cada participante que aderiu à repactuação, diminuição no tempo de aposentadoria entre outras vantagens.

Outra luta constante da atual diretoria do Sindicato Unificado é em relação aos acidentes de trabalho. Não é admissível que um a empresa do porte da Petrobrás cause em média dois acidentes fatais por mês sem que os responsáveis sejam punidos e medidas enérgicas de segurança sejam tomadas. A FUP e o sindicato já realizaram paralisações, atos e entraram com representação no Ministério Público contra essa situação. Uma das campanhas permanentes da atual diretoria é por mais segurança no trabalho, denunciando a Petrobrás como uma empresa assassina de trabalhadores.

Ao unir mobilização e negociação, a diretoria do Sindipetro Unificado mostrou, na prática, que é possível manter o diálogo com uma empresa cujo acionista majoritário é um governo democrático e popular, sem perder a autonomia do movimento, sem abrir mão da mobilização e das denúncias, mas compreendendo que a relação é diferente do que nos tempos em que a Petrobrás tinha sob seu comando a ditadura militar. Infelizmente, alguns grupelhos esquerdistas continuam míopes e achando que tudo é farinha do mesmo saco.

Outra grande batalha que a atual direção desenvolve é em relação aos leilões das áreas de petróleo. Com o slogan “leilão é privatização”, o Sindipetro Unificado foi uma das primeiras entidades a se lançar na campanha pelo fim dos leilões e por uma nova regulamentação da lei do petróleo, lei imposta em 1997 pelo governo FHC para facilitar a privatização da Petrobrás.

Além de garantir os melhores acordos coletivos dos últimos anos, a atual direção aumentou o patrimônio da entidade, gerindo com responsabilidade os recursos, investiu na comunicação com a base, lançando jornais específicos para aposentados e para os terceirizados, reformulou sua página na internet e lançou um livro com textos produzidos em 2007 e que foi distribuído gratuitamente para toda a base, incentivando a reflexão e formação política dos trabalhadores.

Ao findar mais uma gestão, a atual diretoria lança uma chapa de Unidade Nacional para concorrer à reeleição. Em sua composição, a Chapa 1 conta com militantes com larga experiência no movimento social e popular, com experiência em mobilização e negociação. São companheiros e companheiras de todas as unidades representadas pelo sindicato, além do setor de aposentados, que cada vez tem mais espaço nos trabalhos do sindicato. Contra essa chapa, um grupo de pessoas predominantemente de uma única unidade, sem representatividade na categoria e que nunca “deu a cara para bater” nas campanhas e mobilizações, lançou uma chapa de oposição. A disputa de idéias é sempre salutar, mas a grande maioria dos petroleiros está consciente de que os avanços que obtiveram só foram possíveis graças à política desenvolvida pela FUP e pelas direções sindicais cutistas, que unem mobilização, respeito à base e negociação firme e séria. São esses companheiros (as) da Chapa 1 que olham no olho de cada petroleiro(a) e tem coragem de pedir o voto, ciente de que fizeram uma gestão que honra a todos os petroleiros e petroleiras.