Mudança unificará atendimento, mas o prédio de São Paulo continua funcionando mediante agendamento prévio; plantões jurídicos mantém atendimentos às terças-feiras
[Da imprensa do Sindipetro SP]
Nesta segunda-feira (6) de março, a sede do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP) na capital paulista será realocada para a Regional Mauá. O escritório localizado no viaduto Nove de Julho, na região central da cidade, não funcionará mais em horário comercial, mas mediante agendamentos e necessidades especiais da categoria.
Com isso, o prédio passará a ter uma função de subsede, com o objetivo de otimizar as estruturas e a atuação do Sindipetro-SP. Os plantões jurídicos, entretanto, continuam ocorrendo normalmente às terças-feiras, das 14h às 16h, também mediante agendamento.
Os associados que precisarem de auxílio com documentos ou outras demandas específicas poderão agendar atendimentos por telefone ou WhatsApp. Outros serviços oferecidos pelo sindicato, como a declaração de imposto de renda, também continuam ocorrendo no local.
Palestras, reuniões e assembleias, além da tradicional festa de fim de ano, também serão mantidas na subsede.
Resistência para a história
Após a greve de 1983, dezenas de lideranças sindicais foram expulsas do seu local de trabalho e, posteriormente, transferidas para outras unidades da companhia. Uma parte do grupo foi destinada à sede da Petrobrás em São Paulo.
Em meio à luta pela democracia, no ano de 1987, esses trabalhadores se uniram com petroleiros de São Caetano do Sul, Barueri, Guarulhos e Guararema, que também não possuíam sindicato.
Petroleiro anistiado durante a greve, Antônio Carlos Spis, que hoje é aposentado, lembra que ele e mais alguns companheiros da Refinaria de Paulínia (Replan) foram considerados “perigosos” pelo governo e, por isso, foram impedidos de voltar a seus antigos postos.
“Vimos que mais de mil petroleiros não tinham sindicato. Foi aí que eu, Demétrio e Caravante começamos a estruturar uma ideia de sindicato e fundamos a sede de São Paulo”, recorda Spis.
No começo, os sindicalistas distribuíam boletins que reivindicavam melhores condições de trabalho e criticavam o então presidente da República, José Sarney.
Reunidos na capital, os trabalhadores lutaram pela readmissão de todos os petroleiros punidos e contra as ameaças de privatização impostas durante os governos de Fernando Collor de Mello a Fernando Henrique Cardoso.
Em 1995, após a venda de diversas estatais e o descumprimento por parte do governo vigente (FHC) de um acordo que os trabalhadores haviam selado ainda com Itamar Franco, os petroleiros decretaram a greve que viria a ser a maior da história da categoria.
Como forma de punição contra aqueles que participaram da greve, a Petrobrás demitiu trabalhadores em todo o país, que também foram multados em quantias milionárias e tiveram suas contas bloqueadas.
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Após a reintegração dos demitidos, por volta dos anos 2000, os petroleiros de São Paulo, que já haviam se alocado em uma sala alugada no centro de São Paulo e, posteriormente, na rua Martins Fontes, no bairro da Consolação, puderam efetivar o desejo antigo de possuírem uma sede própria.
“Depois de muito esforço e quando já tínhamos mais sócios, começamos a pensar em uma sede própria e compramos o andar do prédio da Nove de Julho”, diz Spis.
Em 2000, a verba utilizada na compra do andar foi uma doação dos petroleiros anistiados que haviam recebido indenizações da Petrobrás. “Fundamos com muito custo no Teatro Ruth Cardoso, que na época ficava em frente à sede da empresa”, lembra o petroleiro aposentado.
Como fica
Os contatos da subsede São Paulo continuam os mesmos. Os agendamentos de atendimento devem ser feitos pelo telefone (11) 3255-0113 ou pelo Whatsapp (11) 944384-9519.
Para os associados que optarem por atendimento sem agendamento, a Regional Mauá funciona de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, e está localizada na Rua Almirante Tamandaré 516, na Vila Bocaina, em Mauá (SP).