O Sindipetro/MG manifesta repúdio à truculência da Polícia Militar de Minas Gerais no início da tarde desta segunda-feira (23) durante uma manifestação de professores da rede municipal de educação de Belo Horizonte.
A categoria está em greve e, após uma assembleia na Praça da Estação, saiu em passeata até a Prefeitura de Belo Horizonte, na avenida Afonso Pena, quando foi atacada por militares com uso de bombas, gás de pimenta e jatos d’água. Durante o ato, dois diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Municipal (SindRede-BH), foram algemados e detidos pela polícia.
Os professores reivindicam equiparação salarial da carreira da educação infantil a do ensino fundamental e realizavam uma manifestação legítima – que teria sido prometido pelo prefeito Alexandre Kalil durante sua campanha à Prefeitura de Belo Horizonte.
Esse é o segundo caso em menos de um mês que a Polícia Militar investe força contra trabalhadores em manifestações legítimas por direitos trabalhistas na Grande BH. No dia 28 de março, os militares agrediram professores da rede estadual que faziam um ato regional na BR-381, em Igarapé, para cobrar do governador Fernando Pimentel o pagamento do piso salarial e o cumprimento dos acordos assinados com a categoria.
O direito à greve e à livre manifestação é garantido por lei a todo trabalhador e a Polícia Militar, bem como qualquer outra instituição, não pode impedir o exercício desses direitos.
O Sindipetro/MG é solidário aos professores da rede municipal e aos dirigentes do Sind-Rede detidos ilegalmente nesta segunda-feira em Belo Horizonte e exige uma posição do governo Pimente Kalil em relação à luta dos educadores. O Sindicato também cobra do governador Fernando Pimentel a punição dos responsáveis pela violência gratuita contra a classe trabalhadora no Estado.
[Via Sindipetro/MG]