Foram quase seis meses desde a última reunião de negociação da pauta local entre o Sindipetro Paraná Santa Catarina e os gestores da Repar, mas o silêncio foi rompido no dia 14 de dezembro. Foi a primeira vez que representantes dos trabalhadores e da empresa estiveram reunidos após o início das mobilizações pela recomposição do efetivo mínimo como forma de garantir a segurança nas operações.
Ficou estabelecida uma agenda de discussão e negociação em torno do número de trabalhadores para atender a demanda de serviço com a entrada em operação das novas unidades. Em contrapartida, a empresa quer que sejam normalizadas as emissões de Permissões de Trabalho (PT’s) e a passagem de turno. O Sindicato, por sua vez, orienta que os petroleiros pratiquem com rigor as normas de segurança na política de SMS. Não se trata de marcar posição, uma vez que se trata de princípios básicos de segurança, dos quais não se pode abrir mão, em legítima defesa.
Nas próximas rodadas de negociação com a Refinaria, o Sindicato vai insistir no número apontado pelos próprios trabalhadores durante as setorizadas e assembleias que debateram o efetivo. São necessários 563 novos postos de trabalho para operar as novas unidades e manter em pleno funcionamento as antigas. Este número é fruto do debate entre os petroleiros, que são os conhecedores da realidade da Refinaria.
Outros itens da pauta local, o fornecimento e higienização de toalhas e o desjejum para o turno foram atendidos. A luta agora é ampliar o café da manhã para todos e defender a contraproposta do efetivo dos trabalhadores.