O sindicato realiza desde julho uma grande campanha pela recomposição do quadro de funcionários próprios da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária.
Aumentar o efetivo para garantir a segurança. Sob este mote, o Sindipetro Paraná e Santa Catarina realiza desde julho uma grande campanha pela recomposição do quadro de funcionários próprios da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária.
Ainda naquele mês, o Sindicato montou várias tendas em frente à Refinaria para os trabalhadores participarem de reuniões setorizadas e debaterem sobre a quantidade necessária de funcionários em seus respectivos setores para a operação com segurança.
Cumprida esta primeira etapa, os dirigentes sindicais levantaram e sistematizaram todas as propostas das reuniões e chegaram a um número de trabalhadores por setor. Estes dados foram apresentados e aprovados pelos trabalhadores em assembleias. O conjunto de informações representa a contra-proposta dos trabalhadores para a recomposição do efetivo da Repar, tanto para as unidades antigas quanto para as que entrarão em operação após a conclusão das obras de ampliação do parque industrial, além dos setores de laboratório e SMS.
Com os dados em mãos, o Sindicato e os trabalhadores realizaram uma manifestação com atraso de duas horas na entrada do turno e administrativo no dia 13 de setembro. Em seguida, marcharam até o prédio administrativo da Repar e entregaram a contra-proposta ao gerente de recursos humanos.
A Direção da Repar acenou com a possibilidade de reunião para reabrir as negociações do efetivo na semana passada, mas infelizmente não passou de um mero aceno. Diante da negativa da empresa, não restou alternativa: intensificar a mobilização. Na última quinta-feira (22) os petroleiros aprovaram caráter de assembleia permanente e realização da Operação “Permissão de Trabalho Única” a partir desta segunda-feira (26).
A resposta dos gestores da Refinaria à mobilização da categoria soou como enrolação. Disseram que “neste momento em que se iniciam as negociações visando o Acordo Coletivo 2011, a Companhia concentra seus esforços nas negociações nacionais. Assim sendo, a orientação Corporativa da Companhia é de que eventuais assuntos locais de suas Unidades sejam tratados em ocasião posterior à celebração do Acordo Nacional”.
O Sindicato respondeu que “a negociação de assuntos locais não é condicionada, por óbvio, à negociação de âmbito nacional e, por isso, não pode servir de obstáculo ao exercício do direito à negociação coletiva, e que ademais se trata de questão premente de proteção à vida”.
Toda a história relativa a esta questão vem se arrastando desde 2004 por uma desculpa qualquer: em um momento porque depende de agenda do ABAST, noutro fulano ou beltrano estão em férias, outro estão com dor de cabeça… Além de tudo, a Campanha do Efetivo na Repar serve de referência e pauta a questão de amplo interesse nacional, tanto que compõe como letra morta o ACT pelo oitavo ano consecutivo. A categoria cansou e está dando o recado: BASTA DE ENROLAÇÃO!