Conselho de Administração da Petrobrás anunciou o Plano Estratégico 2022-2026 da empresa e prevê investimentos de US$ 68 bilhões (R$ 381 bilhões) nos próximos cinco anos. O valor é 24% maior do que o anunciado para o mesmo período no plano anterior. Incluso neste valor estão US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões), para a conclusão do trem 2 da Rnest, paralisada desde os episódios da Operação Lava Jato.
O plano apresentado foca na exploração e produção de petróleo e gás e se estima 2,7 milhões de barris por dia a partir de 2022 e 3,2 milhões de barris de óleo diários em 2026. Para a Refinaria Abreu e Lima essa previsão de processamento é de 260 mil barris por dia em 2026.
Privatização frustrada até o momento
Em agosto deste ano, a empresa divulgou que os interessados na compra da Rnest declinaram oficialmente do negócio, fazendo com que a estatal reavaliasse o tratamento dispensado para uma refinaria que hoje opera com processamento de 130 mil barris de petróleo por dia, produzindo diesel com baixo teor de enxofre; hidrotratamento de diesel e nafta; coqueamento retardado; gás liquefeito de petróleo; gasolina tipo A e geração de hidrogênio.
Nem por isso o governo deixa de criar expectativas pera uma privatização futura. A intenção final desta retomada de investimento passa pela valorização futura das plantas com o objetivo já revelado de captar novos interessados na compra. Rodrigo Costa, diretor de Refino e Gás da estatal, disse na conferência de divulgação do Plano Estratégico que “Acreditamos que o término da obra vai adicionar valor ao ativo, possibilitando o desinvestimento com sucesso”.
Sindicato segue atento
Por mais escandalosa que seja a postura de um governo que usa o dinheiro público para investir em um bem estratégico para o país, com a simples intenção de se desfazer dele depois, não há do que se assustar, pois esse é o sentido do Estado sob a administração neoliberal. Fazer uso do bem público com fins privados, socializando despesas e investimentos para privatizar os resultados.
Por isso, o Sindipetro PE/PB, além dos sindicatos petroleiros e a Federação Única dos Petroleiros seguem vigilante em defesa do Sistema Petrobrás e do patrimônio do povo brasileiro.
[Da imprensa do Sindipetro PE e PB]