Sindipetro paralisa BR 324 contra reforma da Previdência

No dia de paralisação nacional contra a reforma da Previdência, o Sindipetro Bahia realizou na manhã desta quarta-feira (15) ato interditando parte da pista do km 594 da BR 324, em Candeias, paralisando os todos os ônibus e carros que levavam os trabalhadores para as unidades da Petrobrás.

Para Deyvid Bacelar, coordenador do Sindipetro Bahia, o ato “além de protestar contra a reforma da Previdência, serve também para dizer não ao governo golpista que tem a proposta de acabar com todos os direitos conquistados pelos trabalhadores, a exemplo das férias, 13º salário, PLR, ampliação da jornada de trabalho para 12h e fim da terceirização na atividade em fim”.  

Durante o ato, o sindicato realizou palestra sobre reforma da Previdência e seus impactos para os trabalhadores com o assessor jurídico, Dr. Clériston Bulhões, que explicou aos trabalhadores que a PEC dos golpistas propõe que somente poderá se aposentar com 100% do salário, quem tiver 65 anos de idade e 49 anos de contribuição ao INSS.  

Clériston Bulhões também ressaltou que “o trabalhador tem que ter um tempo de carência de no mínimo 15 anos consecutivos de contribuição, dentro desses anos só poderá ficar no máximo três anos sem contribuir”. 

O Conselheiro Deliberativo eleito da Petros, diretor da FUP e do Sindipetro Bahia, Paulo César, falou aos trabalhadores sobre o equacionamento do déficit do PP1 e disse que nenhuma cobrança será feita até que a Previc analise o pedido de prorrogação do prazo feito pela Diretoria Executiva da Petros, assim como as dívidas que a Fundação tem a receber de empresas, a exemplo da própria Petrobrás, que é patrocinadora do plano.  

Para Deyvid Bacelar, a expectativa de vida do nordestino é 65 anos, “então já vamos nos aposentar na hora de morrer e para ter o direito vamos ter que começar a trabalhar com 16 anos de idade”.

O diretor da FUP e Sindipetro Bahia, Leonardo Urpia, também falou sobre as reformas que os golpistas querem impor ao país e aos trabalhadores, lembrando a luta da FUP e dos congressistas contra a privatização do Sistema Petrobrás.

O petroleiro Miguel Ferraro, da Rlam, parabenizou o Sindipetro Bahia pela iniciativa e aproveitou para convocar os trabalhadores para fortalecer as entidades sindicais e os movimentos sociais.

O ato contou com a presença de diversos diretores do sindicato e com o apoio do Sindicato dos Rodoviários da Bahia. 

ALAGOINHAS

O Sindipetro, junto com os trabalhadores próprios e terceirizados, também fez paralisação em Alagoinhas, a partir das 5h da manhã. Os ônibus de todas as unidades da Petrobrás, turno e administrativo, bem como de empresas terceirizadas foram paralisados, além da ferrovia, polo petroquímico e celulose. O protesto contra a reforma da previdência e redução dos direitos dos trabalhadores contou com o apoio de boa parte da população.

Sindipetro Bahia