Sindipetro NF recebe denúncias de incêndio em P-20

Na última sexta-feira, dia 12, o Sindipetro NF recebeu a denúncia de trabalhadores sobre a ocorrência de um incêndio em P-20, localizada no Campo de Marlim. Segundo eles, a solda estava sendo executada no piso 400, quando irradiou calor para a cobertura do teto da zona 315, da chegada dos poços. A cobertura do teto pegou fogo, mas as chamas foram debeladas através de atuação da válvula de acionamento remoto de combate a incêndio (ADV) e extintores. Ninguém se feriu.

O incêndio ocorreu durante a troca de turma por volta das 16h, e o pessoal que tinha acabado de embarcar não teve tempo de fazer o briefing, indo direto assumir a brigada ou para os pontos de reunião.

Relatos dão conta de que o fogo poderia atingir rapidamente a chegada dos poços e acarretar um acidente de grandes proporções na unidade, se os trabalhadores não atuassem rápido.

A gerencia da Petrobrás questionada pelo sindicato alegou que foi um “princípio” de incêndio confinado no espaço entre chapa, onde estava sendo realizado serviço a quente, e o teto abaixo, que foi debelado com extintor e não houve disparo automático do alarme. 

A plataforma de P-20 vem demonstrando, há alguns anos, que está prestes a protagonizar uma tragédia com diversos erros de gestão em relação à segurança da unidade. Os trabalhadores denunciam insistentemente o seu sucateamento.

No dia 26 de dezembro de 2013, um incêndio de grandes proporções no sistema de injeção de produtos químicos chegou a interromper a produção na mesma plataforma. Durante esse acidente um dos trabalhadores a bordo na plataforma inalou fumaça e um outro sofreu torção no pé. Na época, barcos de combate a incêndios (Fire Fighting) foram deslocados e foi realizada uma operação de rescaldo para resfriamento do local atingido pelo incêndio.

Para o Sindipetro-NF a gestão da Petrobrás precisa parar de aplicar sua política de insegurança e passar a atuar de forma séria na proteção da vida de seus trabalhadores. “Neste fevereiro, um trabalhador da Reduc caiu num tanque a 75ºC e morreu e, na RLAM, aconteceu um acidente que poderia ter sido mais uma catástrofe. Até quando a gestão da Petrobrás irá tratar nossas vidas com descaso?”, questiona a diretoria do Sindipetro-NF.

Fonte: Sindipetro NF