Sindipetro-NF participa de comissão para apurar causas do adernamento da SS-53

Com informações do Sindipetro-NF

O diretor do Sindipetro-Norte Fluminense, Wilson de Oliveira Reis, vai representar o sindicato na comissão que investigará o acidente na SS-53, da empresa Noble, que presta serviços para a Petrobrás na Bacia de Campos. A plataforma inclinou após um alagamento na madrugada do último dia 28. Wilson e os outros componentes da comissão embarcaram no dia 3 na plataforma para conhecer o local e entrevistar os trabalhadores a bordo. A comissão tem o objetivo de apontar as causas do acidente.

Segundo informações da Petrobrás, o adernamento da SS-53 atingiu 3,5 graus.  Os diretores do Sindipetro-,Marcelo Abrahão e Valdick de Oliveira, acompanharam no Pier da base de Imbetiba, em Macaé, o desembarque dos 79 trabalhadores estavam na plataforma na madrugada do acidente.

O diretor de Saúde e Segurança da FUP e coordenador geral do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, relacionou o adernamento da SS-53 a um quadro geral de precariedade na fiscalização da segurança na atividade off shore no Brasil. De acordo com o sindicalista, o crescimento do setor não está sendo acompanhado por um aumento no número de fiscais.

“A Petrobrás anunciou que pretende atingir a produção de quatro milhões de barris diários em 2020, que é o dobro do que produzimos hoje, e o que vemos é que órgãos fiscalizadores como ANP (Agência Nacional do Petróleo), Ministério do Trabalho e Marinha não têm a mesma perspectiva de acréscimo em suas condições de fiscalizar plataformas e embarcações”, disse José Maria.

Segundo ele, o caso SS-53 se soma a outros acidentes recentes, como os de P-20 e P-62, que podem ser interpretados como “sinais de que uma grande tragédia pode acontecer”.

O coordenador do NF qualificou como “muito grave” o adernamento da SS-53, que atingiu 3,5 graus de inclinação. Nesta condição, ainda é possível o resgate por guindaste (cesta), como ocorreu com os mais de 70 trabalhadores retirados da unidade. Ele lembrou, no entanto, que houve situação na Bacia de Campos onde isso não foi possível e os trabalhadores tiveram que se atirar no mar.