Em visita de rotina de dirigentes do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) à base da Petrobras em Macaé, no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (29), houve uma tentativa de intimidação aos sindicalistas por parte da empresa.
Tezeu Bezerra, funcionário da Petrobras e coordenador-geral do Sindipetro-NF, que estava presente junto com Bárbara Bezerra, Eider Siqueira e Silvando Nascimento, denunciou a ação e encarou a postura como perseguição à entidade que representa os petroleiros na região.
“Nós, do sindicato, temos garantia por lei poder adentrar em todas as bases. Inclusive, não só pela lei, pois o Brasil é signatário da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê liberdade sindical. Além disso, nós temos, também, pelo acordo coletivo, acesso a todas as nossas bases, nossos locais de trabalho”, declarou Tezeu, à Fórum.
O sindicalista revelou que, apesar das garantias, inclusive legais, no ano 2020 o acesso de todos os diretores do Sindipetro-NF às bases da região Norte Fluminense foi bloqueado.
“Enfim, houve dificuldades, tivemos de entrar com um processo judicial, ganhamos e, mesmo assim, a empresa demorou a liberar a gente. Quando, enfim, liberou, a gente estava, nesta quarta, conversando com os trabalhadores, chamando para a assembleia que vai ter na semana que vem, e simplesmente a empresa colocou um segurança na nossa cola para acompanhar onde a gente fosse”, relatou.
Desnecessária e constrangedora
Tezeu classificou a situação como “extremamente desnecessária, constrangedora, tratando dessa forma o sindicato, que representa legalmente os trabalhadores, que, inclusive, ficaram assustados com a postura da empresa”.
“Nós temos 11 mil filiados. O Sindipetro-NF não é qualquer sindicato e, simplesmente, trataram dessa forma. Então, naturalmente, vamos entrar com as medidas cabíveis sobre essa falta de liberdade sindical e vamos seguir firmes na luta. Isso não vai nos intimidar”, acrescentou o dirigente.