Graves denúncias recebidas pelo Sindipetro-NF mostram que são precárias as condições de segurança na plataforma PCE-1, na Bacia de Campos.
Graves denúncias recebidas pelo Sindipetro-NF mostram que são precárias as condições de segurança na plataforma PCE-1, na Bacia de Campos. A unidade também tem sido cenário de casos de assédio moral protagonizados pela gerência setorial.
De acordo com os trabalhadores, o gerente da plataforma, José Fernando, tem incorrido em práticas nefastas, como a de ter constrangido um petroleiro a não registrar um acidente de trabalho que sofrera. Um operador “veio a contundir a panturrilha direita, que ocasionou dor intensa e dificuldade de locomoção, sendo o mesmo desembarcado posteriormente para atendimento médico. O caso não foi registrado como acidente e, após denuncia à Ouvidoria, o funcionário foi assediado moralmente, ameaçado de ser transferido para trabalhar em regime administrativo”, relataram.
Bacalhau
O sindicato também foi informado de que há sérios problemas em relação à integridade da plataforma: “linhas de água, óleo e o pior, linhas de gás, estão rompendo e apresentando grandes vazamentos e nada é feito. Quando é feito, são reparos precários do tipo bandagem e até reparo de solda ("bacalhau") em linhas de alta pressão de gás (descumprindo os padrões e normas vigentes). Há ainda guarda corpo e piso grade que estão se desfazendo, ocasionando acidentes”, disseram os trabalhadores ao NF.
Outra denúncia é a de que não existe sistema de drenagem nos TCs (turbo compressores). A drenagem é feita por uma adaptação técnica de forma manual , nome bonito para a velha "gambiarra", que frequentemente acarreta shutdown (parada de operação) e inundação de gás na plataforma, além do enorme risco de acidente.
Tudo isso, de acordo com a denúncia, tem sido mascarado pela gerência local. O Sindipetro-NF vai formalizar denúncia na empresa e na DRT em relação à situação da plataforma, além de incluir na lista de pendências de segurança uma série de ítens que foram enviados pelos companheiros.
