Sindipetro NF lança manifesto contra o desmonte da Petrobrás

O desmonte da Petrobrás segue a toque de caixa pelo governo Bolsonaro. Só na última semana anunciaram a venda da Refinaria Landulpho Alves e a terceirização das plataformas de P-48 e P-62. Diante dos ataques que a categoria vem sofrendo, o Sindipetro-NF realiza nesta terça e quarta, 16 e 17 de fevereiro, assembleias para avaliar os indicativos de aprovação de manifesto contra o desmonte do Sistema Petrobras e do estado de Assembleia Permanente.

A votação será híbrida. Os petroleiros e petroleiras que estiverem embarcados podem realizar assembleias seguindo os parâmetros das reuniões, DDS e outras atividades realizadas a bordo. As atas deverão ser enviadas até às 12h do dia 18 de fevereiro.

Os filiados ao sindicato poderão votar on line a partir das 08h do dia 16 até às 20h do dia 17 de dezembro. Os não filiados votarão conforme os itens abaixo:

  1. l) Aprovação de manifesto em apoio aos trabalhadores da RLAM e das unidades ameaçadas pela atual política danosa da Petrobrás;
  2. II) Aprovação do estado de Assembleia permanente

Leia a íntegra do manifesto:

Manifesto dos Petroleiros e Petroleiras do Norte Fluminense

Nós, petroleiros e petroleiras do Norte Fluminense, denunciamos neste manifesto que o Povo Brasileiro está sendo assaltado pela atual gestão da Petrobrás aliada ao governo federal.

Começou em 2016 um processo de desmanche da Petrobrás, impedindo a geração de empregos, fazendo a renda dos trabalhadores cair, e minimizando a arrecadação dos estados e municípios. Tudo isso só piorou no governo Bolsonaro.

Nos últimos 2 anos 36 unidades da Petrobrás foram doadas à iniciativa privada, a preço irrisório, algumas por menos que o valor de um apartamento, exportando para fora do país emprego e renda. Isso deteriora as cidades. A cidade de Macaé que já chegou a ter mais de 10 bases da Petrobrás, atualmente conta com somente 3.

Tudo isso fruto de roubo do patrimônio público.

A gestão Castelo Branco acelera a saída da Petrobrás da área de refino, fazendo da Petrobrás a única empresa de petróleo que não quer ter refinarias nem postos de combustíveis. Nos últimos dias venderam a RLAM, segunda maior refinaria do Brasil, por menos da metade do seu valor.

Manifestamos nosso total apoio à greve dos petroleiros e petroleiras da RLAM na greve contra a sua privatização!

Importantes campos de produção na Bacia de Campos tem suas vendas anunciadas, com o falso argumento da necessidade de dinheiro para investir em outras áreas. Nos que ficam, petroleiros terceirizados tem seus salários achatados ao mínimo, corte de planos de saúde e precarização das condições de trabalho. Colocam em risco a vida de milhares de petroleiros ao substituir os operadores de lastro das plataformas por oficiais da Marinha Mercante que desconhecem a operação, só para agradar os militares do governo Bolsonaro. Esta mesma gestão mata trabalhadores ao descumprir recomendações de combate à Covid-19, e agora anuncia um “projeto piloto” de terceirização de tudo a bordo de P-48 e P-62.

Denunciamos também a forma covarde com que a Petrobrás assaltou os salários dos nossos aposentados e pensionistas no início deste ano. Trabalhadores que deram o seu sangue e suor pela empresa tiveram descontos abusivos sobre um suposto saldo devedor prescrito, ocasionando contracheques zerados ou com valores mínimos.

Exigimos transparência nos valores descontados!

Hora da reorganização.

Após uma grande greve no início de 2020 a pandemia assolou o nosso país e de forma brutal a nossa categoria. Mas este ano os petroleiros e petroleiras do Norte Fluminense iniciam uma nova organização, para defender não somente seus empregos, mas também uma Petrobrás que respeite os trabalhadores, e que atue de forma a priorizar os interesses do seu principal acionista: O Povo brasileiro!

#Petrobrasfica

[Da imprensa do Sindipetro-NF]