Não param de surgir evidênciasde que a maior empresa do Brasil…
Sindipetro NF
Não param de surgir evidênciasde que a maior empresa do Brasil, e uma das maiores do mundo, improvisa como se fosse uma funilaria de fundo de quintal quando o assunto é segurança. O sindicato recebeu nesta semana relatos estarrecedores sobre as condições precárias de três unidades.
Uma delas, a P-31, foi, inclusive, mostrada como exemplo da insegurança crônica na edição passada do Nascente, boletim do Sindipetro NF. Novamente sobre esta unidade, onde recentemente houve vazamento de gás, trabalhadores voltam a relatar um grande número de pendências na área de segurança.
Esta plataforma, desde março do ano passado, é a que maior quantidade de pendências apresentou na comparação dos relatórios enviados pelos petroleiros ao NF. O navio está deteriorado e recebeu o apelido de “peneira”.
A unidade passou por inspeções da DRT, mas além das pendências encontradas, muitas outras são ocultadas por “soluções” improvisadas, como o uso de batoques (uma madeira que tapa um furo) para enganar inspetores.
Maquiadores de tubulação
Os artifícios usados também podem ser encontrados em outras unidades. Além dos batoques, há o uso de fitas de altofusão (semelhante a fita isolante, mas não recomendada), uso de braçadeiras com parafusos, uso do chamado bacalhau (solda de um pedaço de chapa na tubulação para remendá-la), e até o uso de massa e tinta em um furo na tubulação para escondê-lo dos auditores. Se continuar desse modo, a empresa terá que abrir concurso para uma nova função, a de maquiadores de tubulação.
P-25 e PCH-1
Este mesmo tipo de maquiagem na tubulação foi utilizado, segundo relatos dos trabalhadores, em P-25. Enquanto isso, em PCH-1, há relato sobre vazamentos
nas linhas do sistema de incêndio, atingidas por corrosão atmosférica. O problema foi detectado desde 2004, quando houve recomendação para troca das linhas, e até hoje não foi resolvido.