A Petrobrás está assediando seus empregados para que peçam justificativa de isenção e se liberem do trabalho eleitoral para o qual foram convocados pelo judiciário.
Esse tipo de tentativa de coerção é ilegal, por adentrar numa esfera na qual patrão nenhum pode interferir, a liberdade e dignidade individual do trabalhador.
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Instrumento do governo fascista que desindustrializa o Brasil e o transforma numa grande terra do agronegócio desmatador e escravagista, a Petrobrás atua nesse assédio eleitoral como o latifundiário filmado prometendo um prêmio a seus peões se Bolsonaro for reeleito.
O assédio não é novo na Petrobrás. É um degrau a mais na escadaria que já conta com a pressão para que seus empregados votem de um jeito ou de outro em assembleias sindicais; e para os forçar a recusar a contribuição sindical, necessária para custear as campanhas reivindicatórias e até as próprias reuniões de negociação coletiva que constroem o Acordo Coletivo de Trabalho.
A novidade é esse “degrau” ser dirigido à sabotagem das eleições, esforço sistemático do governo fascista.
E se engana quem acha que isso é “só política”. Se o trabalhador admitir que a Petrobrás escolha se ele prestará serviços na eleição, ou não, admitirá também que a Petrobrás escolha o que você deve comer, assistir, pensar, ler e até a escola e a cor das roupas de seus filhos.
Denuncie a qualquer diretor do Sindipetro-NF os casos de assédio eleitoral. Não precisa se identificar. Basta indicar nome e cargo do gerente assediador, para que ele responda à justiça pela sabotagem eleitoral.
[Da imprensa do Sindipetro NF]