Sindipetro/MG se mantém firme na defesa da garantia de melhores condições de trabalho para a categoria

O Sindipetro/MG não obteve resposta sobre diversos ofícios enviados à empresa. As demandas encaminhadas são de interesse da categoria na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, entre elas problemas sobre alimentação, transporte e segurança. Os problemas foram relatados à gerência da refinaria e cobrados reiteradamente, sem retorno. “O Sindicato precisa ser levado à sério”, afirma Guilherme Alves, coordenador-geral do Sindipetro/MG.

Em ofícios enviados desde 26 de abril, o Sindicato cobrou providências acerca do fim do fornecimento de alimentação específica para dietas restritivas (diabéticos e celíacos) nos lanches para trabalhadores de turno ininterrupto de revezamento da Regap. A mudança vai na contramão do que prevê a Cláusula 72 do nosso atual Acordo Coletivo de Trabalho, que trata do Programa de Alimentação Saudável. As reclamações da categoria em relação a essa pauta têm sido recorrentes. Assim, a entidade solicita a retomada imediata da distribuição de alimentos para dietas restritivas em todas as refeições oferecidas pela empresa aos seus empregados, assim como melhoria contínua da qualidade das refeições oferecidas.

Outro encaminhamento feito pelo Sindipetro/MG foi acerca dos longos trajetos de linhas de transporte de turno da Regap. Há relatos de jornadas que ultrapassam duas horas de trajeto, mesmo em linhas que circulam por Betim (linha 9). As linhas 4, 5 e 7 também têm sido denunciadas pelos trabalhadores pelos longos períodos de viagem. O Sindicato se preocupa com as implicações das longas viagens para a saúde e segurança dos trabalhadores em turno de revezamento ininterrupto, especialmente entre jornadas de 12 horas de trabalho.

Também é uma preocupação do Sindicato, os possíveis impactos da instalação de novo sistema de identificação para uso dos veículos destinados ao transporte de brigadistas de incêndio. A necessidade de confirmação de identificação do brigadista para dirigir esses veículos, em caso de emergências como um incêndio, pode representar problemas de segurança para toda a unidade e comunidade do entorno. O Sindicato solicita que o novo sistema seja suspenso até que sejam avaliados os impactos desta medida.

O Sindipetro/MG se mantém firme na defesa da garantia de melhores condições de trabalho para a categoria. No entanto, este não é um compromisso só dos representantes dos trabalhadores, mas também da gestão da empresa. Somente após muita insistência do Sindicato, a gestão da Regap antecipou a Reunião da Comissão Local de RH para 30/05. “Aguardamos um posicionamento como sinal de respeito às petroleiras e petroleiros que não podem sofrer as consequências da transição de gestão da empresa, principalmente após quase cinco meses do novo governo no qual depositamos esperanças de uma Petrobrás melhor”, enfatiza Guilherme Alves.

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