Assédios teriam sido praticados pela Ergo e pela Etal, que prestam serviços para a Regap
[Da imprensa do Sindipetro MG]
A demissão de dois motoristas de ambulância da empresa Ergo que atuavam no setor de Saúde Ocupacional da Refinaria Gabriel Passos (Regap) foi o estopim para que viesse a público denúncias sobre assédio moral praticado por empregada preposta da Ergo.
Segundo relatos, um dos trabalhadores foi demitido após retorno de licença médica, em meio a chacotas feitas pela preposta da Ergo. Na segunda demissão, antes mesmo do trabalhador tomar conhecimento da própria dispensa, a preposta já havia espalhado pelos corredores a notícia de que ele seria desligado da empresa. Quando o trabalhador chegou ao local de trabalho, outro motorista já estava no lugar dele.
A preposta da Ergo atua no setor de Serviço Médico da Regap há um ano. Segundo as denúncias, desde que chegou, ela tem atitudes repetidas que causam constrangimentos aos subordinados. Alguns, sentindo-se perseguidos até mesmo já teriam pedido para sair da empresa.
A situações constantes de desrespeito, que envolvem deboches e humilhações com os contratados da Ergo, trazem incômodos também para os trabalhadores próprios da Regap. Eles relatam serem afetados com a alta rotatividade de pessoal, o que causa preocupação quanto à segurança no trabalho, e com as injustiças presenciadas contra os mais vulneráveis que são assediados. “É preciso que as contratações sejam feitas por critérios técnicos. Um motorista de ambulância, por exemplo, precisa conhecer bem a área e ser treinado, não dá para mudar toda hora”, contam.
Em apoio aos trabalhadores terceirizados demitidos e contra qualquer forma de assédio dentro da empresa, o Sindipetro/MG irá encaminhar denúncia à gerência geral da Regap e cobrar uma ação contundente diante de um caso tão grave. “É importante frisar que o empregador é sempre responsável por atos de seus prepostos, principalmente quando afetam a integridade de seus trabalhadores no ambiente de trabalho. As denúncias são importantes para que sejam tomadas medidas para se reestabelecer um ambiente psicologicamente saudável e isento de assédio”, afirma Guilherme Alves, coordenador interino do Sindipetro/MG.
Assédio contra grevistas da Etal
Também chegou ao conhecimento do Sindicato a ocorrência de mais uma demissão na empresa Etal, prestadora de serviços gerais na Regap. Recentemente, os trabalhadores da empresa fizeram greve para reivindicar melhoria das condições de trabalho como uniformes novos e vale alimentação. Durante o movimento, um empregado da empresa foi demitido, causando muita indignação.
Desde então, o clima na empresa tem sido de ameaças veladas e situações que se caracterizam como assédio e práticas contra a organização dos trabalhadores por seus direitos. Esse clima, muitas vezes, leva os próprios trabalhadores a pedirem para sair da empresa. “Não podemos admitir que o assédio como ferramenta de gestão tenha espaço dentro da Petrobrás!”, complementa Guilherme.