Sindipetro MG recebe denúncia de péssimas condições de trabalho na TE/Regap

Na segunda-feira, 24, o Sindipetro-MG recebeu uma denúncia sobre irregularidades…







Sindipetro MG

 

Na segunda-feira, 24, o Sindipetro-MG recebeu uma denúncia sobre  irregularidades no carregamento de CAP, CM30 e aguarrás na área de asfalto da TE.

 

Esta denúncia foi relatada pelo representante do Sindipetro/MG na terça-feira na reunião da CIPA e na mesma reunião foi formado um grupo que no mesmo dia se dirigiu ao local para verificar e registrar as não conformidades.

 

Foi realizada uma vistoria com registro fotográfico e posteriormente feito relatório com os itens: total falta de higiene nos banheiros utilizados pelos caminhoneiros, falta de iluminação interna e externa do prédio de apoio e falta de energia elétrica nas tomadas há mais de 30 dias, além da utilização inadequada do banheiro interno, visto que o mesmo, possuindo área não superior a 4m², é utilizado como vestiário, banheiro, depósito de sucata, depósito de produtos químicos (marcadores de aguarrás) e situa-se ao lado de um cômodo usado para refeições. Somando-se a isso, na sala onde permanecem os trabalhadores falta mobiliário condizente com as tarefas ali executadas e na área externa há uma galeria aberta que, apesar da fita zebrada, configura-se um risco de acidentes em função da falta de iluminação.

 

A denúncia não para por aí.

 

Nas plataformas de carregamento o risco não é menor. Procedimentos básicos e essenciais não são cumpridos como, por exemplo, o uso da pulseira de aterramento que serve para equalizar as cargas elétricas (diferenças de potencial elétrico) que possam haver entre o operador que abre a tampa de container (no caso, o próprio motorista do caminhão) e a massa (terra), visto que neste momento o caminhão está aterrado.

 

O uso da pulseira é uma boa prática e é recomendada inclusive pelo FISPQ em manual que dispõe sobre produtos químicos e a melhor forma de manuseá-los. O não cumprimento desta prática é apontado como causa de vários acidentes graves (explosões) em circunstâncias semelhantes.

 

O carregamento na área de asfalto se estende pelo período noturno e aí aparecem novos riscos, pois a iluminação nas plataformas de carregamento é deficiente e dificulta uma operação que por si só, à luz do dia, já é perigosa, uma vez que o trabalhador que comanda o fechamento da válvula quando o nível está no ponto desejado necessita de boas condições ergonômicas e de iluminação a fim de evitar transbordamentos. Em resumo: falta todo e qualquer tipo de condições de permanência e de trabalho naquela área.

 

Aguardamos ansiosamente que as gerências responsáveis tomem providências imediatas e definitivas que possam adequar os nossos pontos de carregamento às melhores práticas em vigor em outras unidades da Petrobrás, ou até mesmo no exterior, e que garantam segurança e conforto para todos os trabalhadores envolvidos nesta atividade.

 

Terceirização não pode e não deve significar precarização das condições de trabalho.